A diretora de Administração do Banco Central, Carolina de Assis Barros, disse nesta quarta-feira, 2, que o BC prestou todas as informações solicitadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o lançamento da nova cédula de R$ 200. Uma ação ajuizada pelo PSB, pelo Podemos e pela Rede Sustentabilidade no STF alega que o lançamento da nota de R$ 200 seria inconstitucional. “Não nos cabe falar hipoteticamente, precisamos esperar pela decisão final o STF. O BC respeita as decisões judiciais”, respondeu.

Segundo a diretora, as novas cédulas já se encontram em capitais onde o BC tem representação. Além disso, o Banco do Brasil deve ajudar a levar as novas notas para as cidades do interior.

Carolina ressaltou ainda que as cédulas de maior valor já são aquelas em maior volume em circulação no País. Segundo ela, 21% das cédulas no mercado hoje são de R$ 100 e outros 32% se referem às de R$ 50. As de R$ 20 respondem por 12%, as de R$ 10 por 9% e as de 1 por 18%.

O Banco Central lançou oficialmente nesta quarta a nova cédula de R$ 200, que tem a imagem de um lobo-guará. Serão impressas neste ano 450 milhões de unidades da nova cédula, o que representará um montante de R$ 90 bilhões.

Prevenção e responsabilidade

A diretora de Administração do Banco Central disse que o lançamento da nota de R$ 200 foi uma decisão tomada para evitar a falta de moeda em circulação no País. Segundo ela, as projeções do BC indicavam que numerário disponível poderia não atender demanda da população durante a pandemia.

“A pandemia trouxe consigo alguns desafios a mais, entre eles uma demanda excepcional da população por papel moeda. O BC percebeu que estávamos diante de algo inédito desde a criação do real em 1994. E épocas de incerteza, dinheiro significa segurança e famílias e empresas fizeram saques para acumular reservas”, afirmou Carolina. “Precisávamos agir preventivamente e com responsabilidade. Vivemos em um país heterogêneo, mas o dinheiro em espécie ainda é a base das transações no Brasil”, completou.

A diretora revelou que o BC chegou a cogitar a importação de cédulas e moedas, mas não havia capacidade disponível de produção no mercado internacional. “Os cálculos do BC, em uma análise conservadora, estimaram necessidade de R$ 105,9 bilhões em cinco meses, além do programado para o ano. Para gerar maior volume em menos tempo, imprimir cédula de R$ 100 não seria factível, pois a capacidade da casa Moeda já estava inteiramente contratada para 2020”, acrescentou.

Relação com a inflação

Carolina de Assis Barros enfatizou que a criação da nova cédula de R$ 200 não tem relação com a perda de valor da moeda ou com a inflação, mas sim com a alta na demanda por papel moeda. “Estamos em um País com inflação baixa e estável”, frisou.

Segundo Carolina, o custo de produção da nova nota é de R$ 325 por milhão de cédulas. Para comparação, a cédula de R$ 100 custa R$ 280 a cada milhão de notas produzidas. “Entendemos que os custos estão equilibrados. Trabalhamos com insumos nacionais e importados, cujos preços estão sujeitos a variação”, completou.

Campanha

O BC também lança nesta quarta uma campanha publicitária sobre a nova cédula, ao custo de R$ 20 milhões, a ser veiculado durante o mês de setembro em canais de TVs abertos e fechados, rádios, outdoors, internet e redes sociais.

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