Confira a análise da BB Investimentos sobre o fundo de recebíveis que busca diversificação no mercado de renda fixa atrelada ao mercado imobiliário, a sugestão segue carteira recomendada para Dezembro.

BB Investimentos recomenda Banestes Recebíveis Imobiliários (BCRI11)

O fundo tem como objetivo a aquisição de ativos financeiros de base imobiliária, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letras Hipotecárias (LH), quotas de FII, quotas de FIDC, quotas de FI Renda Fixa e Debêntures. O benchmark do Fundo é IGP-M +6% a.a.

Apesar da concentração no segmento de CRIs corporativos, cerca de 75% do PL alocado em CRIs, o fundo segue com um portfólio de devedores bastante diversificado, sendo que nenhum destes responde por mais de 5,2% da carteira. A maior parte dessas operações (52,2%) possui como indexador o IPCA.

Além do investimento em CRIs, o fundo também tem parte do PL, cerca de 11%, alocada em cotas de outros FIIs e o restante, 12,3%, é mantido em aplicações de renda fixa remuneradas pelo CDI.

No mês de outubro, o Fundo Banestes Recebíveis Imobiliários distribuiu o valor de R$ 1,13 por cota BCRI11, perfazendo um dividend yield de 1,05% ao mês, ou cerca de 12% em termos anualizados.

O IGP-M registrado no mesmo período foi de 0,64%. Desta forma, até o mês passado, o índice acumulava uma alta de 21,73%.

Ainda em outubro, o gestor informou que não ocorreram eventos de inadimplência relacionados aos rendimentos dos ativos da carteira, nem eventos de liquidação antecipada.

Depois de distribuir um montante de rendimentos no total de R$ 7,1 milhões, o fundo ainda encerrou o mês com cerca de 12,65% dos recursos em caixa que, de acordo com a gestão, deverá consumido ao longo dos próximos meses com a aquisição de novas operações de CRIs, as quais inclusive já estão em análise.


Visão Macro

Nossa cobertura com 9 carteiras recomendadas disponíveis no ambiente FIIs, relatórios e muitas lives, proporciona a oportunidade de conhecer o que cada especialista vê como ideial para o momento. Aqui, realizamos uma verdadeira cobertura com o resumo do que está em pauta dos principais analistas do mercado, bem como, as indicações do momento.

De forma geral o mercado imobiliário segue pressionado, os investidores em FIIs estão sendo prejudicados pela maior competitividade da renda fixa. 

A preocupação com a inflação – um problema global – tem se tornado cada vez mais persistente, dado que ela só vem aumentando mês a mês. Com o objetivo de conter a inflação local, visto que a projeção no início do ano era de 3,75% e agora o IPCA já extrapola os 10%, o COPOM precisou acelerar o ritmo de alta da Selic.

Este aumento agressivo na taxa básica de juros tende a tornar os ativos de renda fixa mais atrativos para os investidores, trazendo um fluxo de capital proveniente da renda variável. No meio disso, o governo anunciou medidas que ultrapassará o teto de gastos podendo ter um impacto negativo na inflação no médio prazo.

A incerteza para o mercado de ativos de risco brasileiro, aliado à subida das taxas de juros está proporcionando o movimento inverso com a retirada de dinheiro da renda variável por alternativas mais seguras e menos voláteis. Diante disso, muitos analistas decidiram aumentar o conservadorismo da carteira, por meio de uma alteração na estratégia.

De modo geral, existem fundamentos positivos para teses de investimento mais agressivas no longo prazo, mas o cenário macroeconômico deve permanecer pressionando os ativos de renda variável no curto-médio prazo. Portanto, existe uma prioridade de preservação de patrimonio em detrimento de seguir buscando alternativas de maiores riscos.

Atualmente, os fundos de papéis estão ganhando espaço nas carteiras dos analistas, pois apresentam condições para manter o pagamento mensal com mais estabilidade dentro de um nível de Yield (juros) competitivo com a renda fixa. 

Por outro lado, observamos a sinalização de que há diversos fundos de outras modalidades (tijolos) que estão negociando com P/VP (valor patrimonial) abaixo de sua média, indicando potencial de geração de valor. Dentre as modalidades de tijolos, estão as lajes corporativas e os logísticos como destaque. Já os FIIs de Shoppings apresentam maior sensibilidade ao andamento da pandemia e possíveis medidas restritivas que devem ser acompanhadas ao longo do tempo. 

Quer saber onde estão os ativos mais recomendados pelos analistas? Confira por aqui

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