Após o pregão de ontem, a empresa divulgou seu balanço do 4T20 que apresentou queda na receita, nas margens e prejuízo líquido, principalmente decorrente da contabilização de itens não recorrentes. O principal destes foi a provisão para perda na MSVia de R$ 306 milhões.

No 4T20, a CCR sofreu um prejuízo de R$ 75 milhões (R$ 0,04/ação), contra resultados positivos de R$ 118 milhões no trimestre anterior e R$ 393 milhões no 4T19. Sem considerar as perdas com a MSVia, o resultado seria positivo em R$ 176 milhões (R$ 0,09/ação).

O tráfego nas nove concessões rodoviárias administradas pela CCR foi de 271,5 milhões de veículos equivalentes, com crescimento de 4,6% sempre comparando ao 4T19. Este incremento ocorreu, principalmente, pela adição da concessão da ViaSul. Sem isso, o tráfego mostraria uma redução de 0,1%. A tarifa média de R$ 7,13 no 4T20, caiu 0,4%, principalmente devido à incorporação da ViaSul, que tem tarifas menores que a média.

A receita de pedágio no trimestre subiu 4,2% para R$ 1,9 bilhão, com o impacto positivo do aumento na movimentação de veículos. No entanto, os efeitos das medidas de distanciamento social no 4T20 ainda impactaram fortemente os negócios de mobilidade urbana e da gestão de aeroportos. Com isso, a receita bruta operacional teve queda de 2,8%.

Os custos totais (Custos dos Serviços Prestados + Despesas Administrativas + Outras Despesas/Receitas Operacionais) cresceram muito no trimestre (9,5%), com elevação de 14,0% nos custos caixa. O maior impacto veio das despesas relacionadas à MSVia. Sem isso, o custo caixa teria crescido apenas 5,7%.

Os efeitos não recorrentes levaram ao prejuízo no 4T20. Dentre eles, o mais importante foi o impairment da MSVia (R$ 306 milhões), devido ao estágio avançado da devolução amigável deste ativo. Também relativo à MSVia foram feitas provisões de R$ 133 milhões, referentes autos de infração por aspectos operacionais e de investimento nesta concessão.

O resultado financeiro líquido negativo (IFRS) no 4T20 somou R$ 418milhões, 27,3% maior que no 4T19, principalmente em função das maiores variações monetárias.

A dívida líquida da CCR (IFRS) ao final do 4T20 era de R$ 13.624 milhões, com reduções de 2,0% no trimestre e 2,3% em doze meses. A relação Dívida Líquida/EBITDA IFRS foi de 2,9x no 4T20, vindo de 2,7x no trimestre anterior e 2,4x no 4T19.

Nossa recomendação para as ações da CCR é de Compra com Preço Justo de R$ 17,50 (potencial de alta em 50%). Em 2021, CCRO3 caiu 26,7% e o Ibovespa teve uma desvalorização de 5,3%. A cotação de CCRO3 no último pregão (R$ 11,63) estava 26,7% abaixo da máxima alcançada em doze meses e 33,3% acima da mínima deste período.

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