Em tempos de declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), cabe atualizar a relação das aplicações que são isentas da cobrança do Leão. Ainda que precisem ser declarados, estes tipos de investimentos podem oferecer um ganho relativamente mais elevado em razão da dispensa da cobrança do tributo sobre os ganhos.

Na Renda Fixa, estas alternativas vão bem além da pouco rentável Caderneta de Poupança, como lembra Jackson Soares, diretor da FourCap Investimentos. “Se considerarmos aplicação de prazo maior, mas menor liquidez, podemos buscar alternativa nas LCIs (Letras de Crédito Imobiliários) e nas LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), que também são produtos bancários e com cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC)”, exemplifica.

O incentivo tributário costuma dar às Letras melhor rentabilidade do que os tradicionais CDBs, por exemplo. Atualmente, a LCA mais rentável disponível aos investidores é a LCA Nova Futura / BTG, com taxa de 9,77% ao ano, aplicação inicial de R$ 50 mil e vencimento em 2028. Quem não dispõe de tanto dinheiro para aplicar pode buscar opções mais acessíveis e de prazos menores, como a LCA da Ativa Investimentos / Banco BTG, com aplicação inicial de R$ 1 mil, vencimento em 2025 e taxa anual de 8,69%.

Via de regra, alternativas isentas de IR que exigem menor aplicação inicial são os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA). Estes podem ser mais rentáveis do que a média da Renda Fixa, mas não possuem cobertura do FGC. Os certificados, emitidos por securitizadoras, podem ser pagos ao longo do período que se mantiver a aplicação ou apenas ao final, no vencimento. Há boas CRAs no mercado brasileiro com aplicações iniciais um pouco superiores a R$ 1 mil e rendimento comparável ao Tesouro IPCA, mas com prazos mais curtos. Um exemplo é o CRA da Bem Brasil Alimentos, disponível em diversas corretoras, com vencimento em 2025 e taxa de IPCA + 4,4% ao ano.

Por fim, a debêntures incentivadas têm chamado cada vez mais a atenção dos investidores que buscam diversificação das carteiras. Trata-se de um empréstimo para obras de infraestrutura, e em geral encontra-se uma rentabilidade alta, embora com o risco também mais elevado. “Estas aplicações têm remuneração semelhante ao título público: podem ser pré ou pós-fixadas ou ligadas à inflação, como IPCA ou IGP-M. Além disso, elas podem oferecer garantias aos investidores, por exemplo, sendo conversível em ações das empresas que emitiram o título”, detalha o consultor financeiro Arthur Moraes, professor convidado na B3 Educação.

Debêntures também costumam ter uma aplicação mínima mais alta do que o comum da Renda Fixa, mas prazos de resgate mais mais extensos. O papel que melhor paga, atualmente, é a DEB Órama Via Randon: IPCA + 5% ao ano. A aplicação inicial é de R$ 52.800 e o vencimento, em 2035 – e não há liquidez antes deste prazo. Para quem busca um título em um prazo mais curto, uma opção atraente é o DEB Easynvest Usina Termelétrica Pampa Sul, com vencimento em 2028, valor mínimo de R$ 1.171,57 e rentabilidade de IPCA + 4,4%.

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