Após Ibovespa ter alta de 8,26% em julho, as carteiras mensais feitas pelos analistas das principais corretoras do país foram divulgadas com suas recomendações para agosto. Dessa forma, nós do Acionista compilamos as 3 ações mais recomendadas e suas teses abaixo.

Confira as top 3 ações recomendadas pelos analistas

Vale (VALE3)

Normalmente, é uma má ideia comprar ações de commodities durante uma recessão, mas o minério de ferro é visto como uma das poucas histórias específicas isoladas da crise, explicando a estabilidade relativa dos retornos da Vale em 2020. A demanda de minério de ferro da China (~70% do mercado marítimo) permanece forte como sempre, enquanto as agudas interrupções no lado da oferta colocaram os mercados em um déficit até o momento no ano – os preços spot permanecem acima de ~US$ 100/t (mesmo que esperemos que eles caiam).

Nesses níveis, tudo indica que a Vale poderia entregar perto de US$ 17 bilhões de EBITDA em 2020, resultando em um rendimento de +15% (ex- saídas de Brumadinho) de fluxo de caixa.

Embora as ações estejam inegavelmente baratas em qualquer métrica, os analistas ainda acreditam que a redução do risco da história da ação será um processo gradual, com base em três pilares: (i) o retorno da política de dividendos (restabelecido há duas semanas) deve gerar entradas adicionais; (ii) forte recuperação nos volumes e custos decrescentes; e (iii) melhorar marginalmente a percepção ESG, dado o foco maior da administração no tema desde Brumadinho (longo prazo).

Os analistas do BTG percebem a ação negociando em ~4x EBITDA 2020 (grande diferença em relação aos pares), pois ainda vendo um potencial de valorização, mesmo que punindo a ação nos testes por vários ângulos.

B3 (B3SA3)

A expectativa é que os números operacionais da B3 continuem com um volume mais forte neste 2S20, especialmente de ações (segmento Bovespa) e futuros (segmento BM&F), diante do quadro de taxas de juros mais baixas e oportunidades dentro da renda variável. Apesar do cenário de ofertas públicas ter piorado em decorrência dos impactos do coronavírus nos mercados, os IPOs e follow ons estão voltando a todo vapor.

Os analistas destacam ainda o poder de diversificação da receita da B3, com fluxo bastante resiliente, com serviços completos de trading, clearing, liquidação, custódia e registro, e posicionamento dominante em derivativos, ações, câmbio, renda fixa e produtos de balcão.

No longo prazo, há o entendimento que a B3 continuará diversificando sua atuação no mercado brasileiro, por meio de novos produtos e serviços. Com relação a uma possível concorrência, essa possibilidade é avaliada como pequena no momento, visto que o mercado de capitais brasileiro ainda não possui capacidade para suportar a entrada de um novo player, inviabilizando qualquer tipo de investimento em uma nova bolsa ou casa de clearing que possa afetar o resultado da B3 no curto prazo.

Petrobras (PETR4)

Esta empresa dispensa apresentações! Trata-se de uma das maiores produtoras de petróleo e gás do mundo, atuando, principalmente, nas atividades de exploração e produção, refino, geração de energia, comercialização e distribuição de derivados. Possui um conhecimento especial sobre exploração e produção em águas profundas. Criada em 1953 pelo ex-presidente Getúlio Vargas, esta é a maior empresa brasileira sob quase todos os métodos de avaliação.

Como a sua condução operacional depende do viés ideológico de quem estiver na presidência, pode-se dizer que hoje a companhia (embora siga sendo estatal) opera como se fosse uma empresa privada. Focada em redução de custos e repasse de toda a volatilidade internacional de petróleo e câmbio, ela vem nos últimos anos se aproveitando do seu poder de mercado (trata-se de um quase monopólio) para maximizar seus lucros.

A política de venda de ativos considerados não-essenciais ajudou na redução do seu endividamento, mas ao mesmo tempo tornou a empresa cada vez mais dependente da cotação do petróleo no mercado internacional. Este risco ficou mais claro em março-abril com a derrocada da commoditie. Já se sabia que no longo-prazo a tendência da commoditie fosse de perda de valor (em função da maior utilização das novas fontes de energia), mas não se esperava que isto ocorreria tão rápido.

Em todo o caso, a desvalorização cambial (ao contrário do senso comum pelo efeito na dívida) é boa para a empresa, pois protege o mercado interno da concorrência do combustível importado e aumenta suas receitas de exportação, o que ajudará a compensar (parte) da perda de receita com a queda do petróleo.

Fonte: Banrisul, BTG Pactual e Guide Investimentos

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