O período de oscilações no mercado financeiro tem atraído a atenção para o aluguel de ações. Trata-se de uma alternativa para quem tem uma carteira de ações e deseja rentabilizar mais seus ativos ao invés de deixá-los parados.

Quem tem a posse das ações as coloca para alugar, recebendo uma remuneração, e quem as toma temporariamente procura vendê-las no mercado à vista, para depois recomprá-las mais baratas e devolver ao dono original — ou seja, explora o mercado com o objetivo de obter lucro com as oscilações.

Ao “doador” — que oferece as ações para alugar —, a operação costuma ser indicada a quem visa o longo prazo e não pensa em vender seus ativos no momento. Ele recebe uma remuneração pela cessão temporária do papel e ainda continua recebendo juros e dividendos mesmo no período em que a ação está cedida.

“O custo do doador basicamente se resume a uma taxa percentual sobre o montante da operação paga à corretora de valores, responsável por intermediar. Há também a incidência de imposto sobre o rendimento, com alíquotas semelhantes às aplicadas nos fundos de renda fixa”, explica o economista da FGV Diego Wawrzeniak.

Já o “tomador”, que paga para alugar a ação visa o investimento a curto prazo. Ele pode especular com a ação em sua posse, desde que a devolva ao proprietário na data programada, no mesmo volume. O desafio é vender a ação e torcer para que o valor caia, tirando proveito da queda do mercado. É um mecanismo arriscado: a imprevisibilidade é a mesma da própria bolsa de valores.

Há três tipos de aluguel de ações

• Reversível ao Tomador – Permite que o tomador encerre o contrato a qualquer momento, tendo de pagar somente a taxa de aluguel proporcional ao tempo;

• Reversível ao Doador – O tomador tem 4 dias a contar da solicitação para devolver as ações e encerrar a posição vendida;

• Vencimento Fixo – Com prazo pré-determinado.

A mais tradicional, conforme analistas, é a Reversível ao Tomador, em razão da flexibilidade para quem está de posse das ações fazer caixa no momento que considerar mais adequado.

Esta é uma boa opção para obter ganhos e perspectivas a longo prazo, é uma operação que vem crescendo constantemente, pois tornou-se uma fonte adicional de receita.

As taxas de retorno oscilam entre 2% e 5% ao ano, porém, conforme o tamanho da demanda, este retorno pode ser ainda maior. E, também, uma grande vantagem de obter títulos emprestado, sendo um recurso que acrescenta em eficiência e flexibilidade operacional, que visa tirar proveito das oscilações do mercado.

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