“Tínhamos a expectativa do PIB este ano de crescimento em torno de 2,4 a 2,5%, mas o coronavírus mudou tudo” 

O Relatório de Mercados Focus, divulgado pelo Banco Central, reduziu as expectativas de crescimento do Produto Interno Brasileiro (PIB) em 2020, com a diminuição de 0,31 ponto percentual, para 1,68%. Porém, o mercado financeiro manteve uma previsão de alta de 2,50% para 2021, o que até então não se sabe se realmente pode se concretizar.

Segundo Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital, o futuro da economia ainda é incerto, mas ele aposta que existe uma grande chance de fechar no negativo, ou seja, em recessão. “Duvido que a gente tenha algum crescimento este ano”, dispara Bergallo.

No mês de março, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o crescimento do ano de 2019, que ficou em 1,10%. Esta expectativa já tinha sido informada por Guto Ferreira, Analista Político-Econômico da Solomon’s Brain. Para este ano, ele prevê que o PIB feche o ano em 0,5%. “Hoje com a expansão do coronavírus, crise no petróleo e cenário internacional conturbado, medidas não tomadas de curto prazo pela equipe econômica e as eleições no horizonte próximo são alguns fatores que impactam na redução econômica”, ressalta Ferreira.

Para Jefferson Laatus, Estrategista-Chefe do Grupo Laatus, a projeção do PIB sempre pode mudar, pois depende muito de fatores específicos na economia. “Tínhamos a expectativa do PIB este ano de crescimento em torno de 2,4 a 2,5%, mas o coronavírus mudou tudo”, diz.


Laatus também afirma que a crise durará mais um trimestre, sendo um semestre de desaceleração, mas que voltará a acelerar no 2º semestre. “Se ocorrer tudo bem, olhando e tendo uma expectativa bem coerente, a projeção é que seja de 1,4 a 1,5%, não mais que isso”, conclui o Estrategista-Chefe do Grupo Laatus.

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