A Taesa registrou no 4T19 um lucro líquido (IFRS) de R$ 178 milhões, com queda de 34% em relação aos R$ 269 milhões do 4T18, reflexo (i) da reversão de R$ 81 milhões no 4T19 da receita de construção das melhorias, ainda em fase de construção; (ii) redução da receita de correção monetária por queda nos índices macroeconômicos; (iii) aumento da despesa financeira líquida, por aumento do endividamento. No acumulado de 2019 o lucro líquido (IFRS) somou R$ 1,0 bilhão, com queda de 6% na comparação com 2018.

Com base neste resultado o Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 61,8 milhões (R$ 0,18/Unit) a título de dividendos adicionais, e que será submetido à aprovação da Assembleia de Acionistas. O retorno estimado é de 0,6%.

Suas units, cotadas a R$ 27,97 (valor de mercado de R$ 9,6 bilhões) registram queda de 10,3% este ano. Nesse preço os múltiplos para 2020 são: P/L de 11,2x e VE/EBITDA de 12,5x. O preço justo de R$ 34,00 corresponde a um potencial de alta de 21,6%.

Destaques

Em base regulatória a Receita líquida alcançou R$ 339,5 milhões no 4T19, 2% maior que no 4T18, explicado pelo reajuste inflacionário; pela entrada em operação dos reforços da Novatrans e por reclassificação contábil no 4T18. Em 2019, a Receita líquida somou R$ 1,4 bilhão, com queda de 8% em doze meses, devido ao corte de 50% da RAP de algumas concessões.

Os Custos de PMSO somaram R$ 81 milhões no 4T19 e R$ 241 milhões em 2019, registrando um aumento em 12 meses de 13% e 8%, respectivamente; devido às maiores despesas com pessoal e serviços de terceiros e baixa no estoque, relacionada à conclusão dos reforços da Novatrans.

O EBITDA alcançou R$ 258 milhões no 4T19 e R$ 1,2 bilhão em 2019, com queda de 1% e 12%, respectivamente, na comparação anual. A margem EBITDA ficou 76,1% no 4T19 (-2,3pp) e 82,7% em 2019 (-2,7pp); refletindo basicamente o corte de 50% da RAP de algumas concessões e pelo aumento dos custos entre os períodos comparados.

O Lucro Líquido somou R$ 148 milhões, com redução de 27% na comparação anual, acumulando em 2019 um lucro líquido de R$ 768 milhões, com queda de 19% ante 2018.

A taxa de disponibilidade das linhas de transmissão atingiu 99,90% e a Parcela Variável totalizou R$ 15,3 milhões, equivalente a 0,98% da RAP consolidada da companhia em 2019.

No 4T19 a companhia tinha em caixa R$ 2,4 bilhões, 18% acima do registrado no 3T19. Nesta base de comparação sua dívida líquida era de R$ 2,84 bilhões, com crescimento de 9% em base trimestral, e alavancagem de 2,2x o EBITDA, acima de 2,0x no 2T19.

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