INTERNACIONAL: S&P futuro retoma baixa; bolsa de Londres sobe com BOE

S&P futuro recua com falta de detalhes sobre estímulos dos EUA em sinal de retomada da aversão ao risco, enquanto o índice FTSE 100 sobe em dia de alta também em outras bolsas europeias após BOE cortar taxa de juros em 0,50 pp, para 0,25%. Corte de juros, fora de reunião regular, foi o primeiro movimento de emergência do BC britânico desde a crise global. BOE ainda anunciou medidas para ajudar a manter o crédito fluindo pela economia, dizendo que o surto de coronavírus prejudicará a atividade. Presidente do BOE, Mark Carney, disse que o banco tomará todas as medidas necessárias para ajudar o Reino Unido. Presidente do BCE, Christine Lagarde, alertou sobre risco de uma crise como em 2008 e indicou que o banco agirá ainda esta semana. BCE fará reunião de política monetária amanhã. Casos de coronavírus atingem 1.000 nos EUA, acima de 10.000 na Itália. Petróleo recua, após disparar 10% ontem e recuperar parte da perda de 25% de segunda, após Arábia Saudita prometer elevar capacidade de produção; metais têm desempenho misto em Londres; resistência do minério de ferro é ameaçada. Índice dólar recua, mas moeda americana sobe contra divisas pares do real, como rand e peso mexicano.

ECONOMIA/PODER: Petróleo em queda deve levar a bloqueio no Orçamento

• A queda no preço do petróleo e a perspectiva de um crescimento do PIB menor que o esperado devem levar o governo a anunciar um bloqueio no Orçamento. (Estadão)
• O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que o câmbio é flutuante e que não há “nada de errado” com a cotação da moeda americana. Ao ser questionado se o dólar poderia chegar a R$ 5, Guedes disse que isso pode acontecer se ele, enquanto ministro, “fizer muita besteira”. (Estadão)
• O secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, admitiu ontem que o governo estuda medidas de estímulo para ajudar a conter a crise provocada pelo avanço do novo coronavírus (O Globo).
• O BNDES dispõe de cerca de R$ 100 bilhões considerando caixa livre e reservas de segurança, recursos que podem ser usados, em parte, para apoiar o setor privado. (Valor)
• Em mensagem enviada ontem ao Congresso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu a aceleração da pauta de reformas econômicas, considerando o agravamento da crise internacional causada pelo surto do coronavírus e a necessidade de proteção à economia brasileira. (Folha)
• Usar a crise do coronavírus como justificativa para quebrar a regra do teto de gastos seria um desastre, avalia Otaviano Canuto, ex-diretor-executivo do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). (Valor)
• Após dois meses de queda, a produção industrial brasileira cresceu 0,9% em janeiro, na comparação com o mês anterior. (Folha)
• Segundo o IBGE, o crescimento foi disseminado em três das quatro grandes categorias econômicas: além de bens de capital, houve alta em bens intermediários (0,8%) e bens de consumo duráveis (3,7%). (Folha)

EMPRESAS: Tim e Vivo manifestam interesse em negociar compra da Oi móvel

MOVIDA (MOVI3): A companhia de locação de veículos Movida registrou no quarto trimestre de 2019 uma alta de 62,7% no lucro líquido na comparação anual, para R$ 84,1 milhões. No intervalo entre outubro e dezembro de 2019, o lucro antes de juros, impostos; depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 88,6% sobre o mesmo período de 2018, para R$ 259,2 milhões. A receita líquida da locadora de veículos subiu 34,2% no quarto trimestre de 2019, sobre o mesmo período de 2018, para R$ 1 bilhão. A companhia apresentou um lucro líquido recorde, tanto no trimestre quanto no ano, o que indica que o nosso crescimento segue a rentabilidade do negócio.

LOCALIZA (RENT3): A rede de aluguel de carros Localiza registrou no quarto trimestre de 2019 um lucro 25,9% maior na comparação anual, chegando a R$ 228,4 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do quarto trimestre do ano passado somou R$ 629,6 milhões, alta de 40,2% sobre o mesmo intervalo de 2018. A receita líquida do quarto trimestre de 2019 somou R$ 2,695 bilhões, alta de 19,3% em relação ao último trimestre de 2018. Dos R$ 10,195 bilhões que a Localiza somou de receita líquida em 2019, 61% (R$ 6,206 bilhões) vieram da venda de veículos seminovos. Ou seja, o principal negócio da companhia – o aluguel de carros e a gestão de frotas – respondeu por 39% da receita do ano passado.

TELEFÔNICA (VIVT4) TIM (TIMP3) OI (OIBR3): A Telefônica e a TIM decidiram negociar, em conjunto, a compra das operações móveis da Oi. A informação foi divulgada ao mercado na noite desta terça-feira, 10. Se o negócio for concretizado, a telefonia móvel ficará concentrada em três grandes operadoras (Claro, Vivo e TIM) e a Oi deixará a telefonia celular para restringir sua atuação em banda larga fixa, TV por assinatura e telefonia fixa. As duas teles manifestaram ao assessor financeiro do grupo Oi, o Bank of America Merrill Lynch, “seu interesse em iniciar tratativas com vistas a uma potencial aquisição, em conjunto, do negócio móvel da Oi, no todo ou em parte”.Caso a operação seja consolidada, segundo o comunicado, “cada uma das interessadas receberá uma parcela do referido negócio”, de acordo com nota divulgada pela Telefônica e pela TIM. As empresas informaram ainda que a transação pode criar valor aos acionistas e clientes, gerar eficiências operacionais e melhorar a qualidade dos serviços.

TRISUL (TRIS3): A construtora paulistana Trisul prevê lançar empreendimentos imobiliários com valor geral de vendas (VGV) entre R$ 1 bilhão e R$ 1,3 bilhão em 2020. Se o topo da meta for alcançado, a empresa vai superar os lançamentos de 2019, que totalizaram R$ 1,1 bilhão. O plano da Trisul já leva em consideração as notícias sobre os primeiros casos de coronavírus registrados no Brasil nas últimas semanas, em meio ao surto global da doença. A propagação do vírus já pressiona a economia mundial, o que levou analistas a diminuírem as perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano.

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