Confira as notícias mais relevantes a respeito das principais empresas do mercado. No radar empresas de hoje temos Petrobras, M. Dias Branco, AES Tietê, IRB Brasil, Hypera, Azul, Gol, JBS, Marfrig e Minerva.
Petrobras (PETR4) define estratégia para térmicas
A Petrobras vai aguardar o resultado do seu desempenho no leilão de termelétricas existentes, previsto para 30 de abril, para iniciar a modelagem de venda de seus ativos de geração térmica. Portanto, o parque termelétrico da estatal faz parte do atual plano de desinvestimentos da companhia, que prevê levantar de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões, até 2024.
O entendimento da Petrobras é que, caso alguns de seus projetos vençam o certame, o valor desses ativos para a venda aumentará significativamente, já que eles passarão a deter um contrato de longo prazo de fornecimento de energia, com preço definido. Na prática, é uma receita fixa garantida por 15 anos.
Fique atento:
As ações da Petrobras serão pressionadas nessa semana pela guerra de preços de petróleo. Os papéis da empresa já vinham sendo pressionados pela perspectiva de desaceleração mundial por conta da epidemia do Covid-19. Portanto, agora com a guerra de preços do combustível, desencadeada pela Arábia Saudita e Rússia, irá castigar ainda mais a Petrobras.
M. Dias Branco (MDIA3) faz ajustes, mas lucro ainda tem queda em 2019
A M. Dias Branco, maior fabricante de massas e biscoitos do país, dona de marcas como Adria, Vitarella e Piraquê, enfrentou dificuldades em 2019. Custos elevados do trigo e de outras matérias-primas, mercado consumidor ainda retraído e concorrência mais acirrada pressionaram os ganhos da companhia.
Dessa maneira, a companhia encerrou 2019 com lucro líquido de R$ 556,9 milhões, em queda de 23% em relação ao ano anterior. A receita líquida aumentou 1,3%, para R$ 6,10 bilhões. O Ebitda recuou 17,2%, para R$ 772,1 milhões.
AES Tietê (TIET11) contrata assessores para avaliar ‘oferta hostil’ da Eneva
A AES Tietê comunicou ao mercado neste domingo que contratará assessores financeiros e legais para que auxiliem a empresa a analisar a proposta de fusão feita pela Eneva em 1º de março deste ano. No documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários, a AES Tietê chama a proposta da Eneva de “oferta hostil” (não solicitada). Além disso, também informa que a definição da contratação de assessores ficará a cargo do conselho de administração, que se reunirá em reunião extraordinária em 13 de março (sexta-feira).
IRB deve anunciar Antonio Cassio como presidente do Conselho
Antonio Cassio deverá ser anunciado como o novo presidente do conselho de administração do IRB Brasil Re nos próximos dias, apurou o Valor com fontes próximas ao processo. Cassio já está se desligamento do grupo italiano Generali, onde ocupa o cargo de CEO Américas desde 2015, segundo as fontes. Procurado, o IRB não comentou o assunto e o executivo não retornou às ligações.
Cassio é um executivo experiente no segmento, já ocupou cargo de diretor financeiro de uma companhia de seguros desde 1985 e atualmente é o CEO da companhia de seguros italiana, Generali, nas regiões das Américas e sul da Europa.
A nomeação, se confirmada, não surpreenderá, pois o perfil do executivo corresponde ao comunicado para o mercado por Pedro Guimarães na última teleconferência. Dessa maneira, como alguém com experiência no segmento, Cassio poderia esclarecer algumas das incertezas remanescentes em torno do IRB. Mas é válido lembrar que ainda é cedo para saber se o novo presidente estaria disposto a discorrer sobre estes assuntos.
Hypera (HYPE3) tem desempenho afetado por reduções de estoques
A companhia reportou queda em sua receita líquida principalmente por conta da redução das vendas em Produtos de Prescrição e Consumer Health, com objetivo de diminuir o nível de estoque desses produtos nos clientes. O EBITDA e o lucro líquido vieram piores, mas ainda em linha com o guidance estimulado, dado a queda do faturamento aliado aos maiores custos e despesas.
Para esse ano, a companhia, anunciou para seu guidances de receita líquida entre R$ 4.250,0 milhões e R$ 4.350,0 milhões e lucro líquido ao redor de R$ 1.275,0 milhões para o ano. É válido lembrar que essas projeções financeiras não consideram o resultado das aquisições anunciadas. Portanto, conforme sejam concluídas essas transações, a companhia poderá revisar suas estimativas para o ano de 2020.
Companhias Aéreas (AZUL4, GOLL4): Isenção de PIS/Cofins sobre QAV pode sair esse ano
De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, o Ministério da Infraestrutura trabalha para que o governo edite ainda neste ano decreto para zerar a partir de 2021 o PIS/Cofins do querosene de aviação (QAV). O tributo é alvo da proposta de reforma que tramita no Congresso e está em estudo pelo governo.
Portanto, a estimativa é que a arrecadação do tributo incidente no combustível seja de R$ 250 milhões ao ano. Ao zerar o tributo, R$ 0,07 seriam reduzidos no preço do litro do QAV, que custa em torno de R$ 3,00. Pela proposta no Executivo, ainda não apresentada, o PIS/Cofins seria substituído pelo IVA Federal.
Combustível representa cerca de 35% dos custos das companhias e, portanto, essa medida seria positiva tanto para as aéreas que operam no país como para manter a atratividade do setor. Mas ressalta-se que o timing dessa medida ainda é incerto, e potencialmente beneficiaria as empresas a partir de 2021 apenas.
Frigoríficos (JBSS3, MRFG3, BRFS3): problemas logísticos na China e aumento dos custos de produção estariam desafiando a indústria de carnes
Problemas logísticos na China e aumento dos custos de produção estariam desafiando a indústria de carnes neste começo de 2020, após um ano de 2019 estelar para o segmento. Assim, com o agravamento do coronavírus na China e a consequente desaceleração da economia chinesa, os portos se tornaram um problema, e contêineres parados no país passaram a ser desviados para outros destinos.
Aos poucos, a avaliação de fontes da indústria é que a atividade nos portos está se normalizando, mas que vai demorar algum tempo até que todos os efeitos colaterais na logística sejam resolvidos. Além disso, a avaliação é que a menor circulação de pessoas na China reduzirá o consumo fora do lar, impactando negativamente a demanda por proteínas.
Do lado dos custos de produção, em fevereiro, o indicador Esalq/B3 para o boi gordo subiu 5,74% em São Paulo, superando a casa de R$ 200 por arroba outra vez. A avaliação na indústria é que esses preços não remuneram a carne vendida no mercado interno. Dessa forma, afetam sobretudo os frigoríficos menores que não exportam e, portanto, não conseguem se beneficiar do dólar valorizado.
Fontes: Necton, Terra Investimentos e XP
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