INTERNACIONAL: Petróleo afunda e derruba bolsas
Petróleo Brent chegou a cair 31%, reduzindo a queda depois para cerca de 20%, após a desintegração da Opep+ levar a uma guerra total de preços entre a Arábia Saudita e Rússia, dois dos três maiores produtores mundiais. Petróleo WTI caiu da faixa de US$ 40 para US$ 32. Queda do petróleo foi a maior desde a Guerra do Golfo de 1991 e envia novo choque a uma economia mundial já abatida pelo coronavírus; que já tem perto de 110.000 infectados em todo o mundo. Crise foi precipitada quando a Rússia se recusou a ceder a uma aposta liderada pela Arábia de forçar Moscou a se juntar à Opep em cortes de produção. Estratégia seria espremer os produtores de xisto americanos, que inundaram o mercado nos últimos anos; à medida que os países da Opep+ retinham sua própria produção. S&P futuro caiu quase 5% esta manhã e teve o circuit breaker ativado; metais também têm baixa expressiva.
ECONOMIA/PODER: Equipe econômica e o Congresso pretendem atuar nesta semana em duas frentes para tentar deslanchar o debate da reforma tributária
• A equipe econômica e o Congresso pretendem atuar nesta semana em duas frentes para tentar deslanchar o debate da reforma tributária, num momento de bombardeio deflagrado por diferentes setores atingidos. (Estadão)
• Diante do baixo crescimento da economia brasileira, o governo avalia novas medidas para liberar mais recursos do FGTS e, assim, estimular o consumo e a atividade econômica. (O Globo)
• O surto e a disseminação do coronavírus pelo mundo podem reduzir em até 15% o fluxo global de investimento direto estrangeiro (IED) neste ano, de acordo com um relatório extraordinário da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). (Folha)
• O preço do petróleo desabou mais de 30% nos primeiros segundos da abertura do mercado asiático ontem (segunda-feira na Ásia), num tombo que só fica atrás daquele registrado durante a Guerra do Golfo, em 1991. (O Globo)
EMPRESAS: M. Dias Branco apresentou lucro líquido de R$ 264,9 milhões no quarto trimestre deste ano
M. DIAS BRANCO (MDIA3): A fabricante de alimentos M. Dias Branco apresentou lucro líquido de R$ 264,9 milhões no quarto trimestre deste ano. O resultado representa alta de 89,5% na comparação com igual período de 2018. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu R$ 289,2 milhões, avanço de 52,3% frente a 2018. A margem Ebitda ficou em 17,1%, ante 12% de um ano antes, incremento de 5,1 pontos porcentuais. A receita líquida subiu 7,2% na mesma base comparativa, alcançando R$ 1,694 bilhão ante R$ 1,579 bilhão do quarto trimestre de 2018. O volume de vendas total avançou 10,8%, acompanhando a receita, de 444,3 mil toneladas para 492,2 mil toneladas. O resultado interrompe um ciclo de três quedas consecutivas no lucro líquido. Em comunicado divulgado para investidores, a M. Dias atribuiu a melhora de resultado ao maior volume de vendas obtido no quarto trimestre, à correção do nível de estoques nos clientes e ao aumento dos preços médios dos produtos. Os números vieram acima das estimativas do consenso de analistas consultados pela empresa.
HYPERA (HYPE3): Hypera divulgou nesta sexta-feira dois guidances de resultados para o ano de 2020. A companhia espera obter lucro líquido próximo de R$ 1,275 bilhão em todo o ano. E para a receita líquida, a projeção fica entre R$ 4,25 bilhões e R$ 4,35 bilhões. Segundo a companhia, as projeções são baseadas no cenário macroeconômicos e na dinâmica dos mercados onde atua, e ainda não consideram os resultados das recentes aquisições da marca Buscopan e de portfólio de produtos da Takeda. A Hypera ressalta que as projeções podem ser alteradas após a conclusão destas operações. Hypera registrou lucro líquido de R$ 238,8 milhões no quarto trimestre de 2019, queda de 22,9% ante os R$ 309,8 milhões registrados no mesmo período de 2018. A receita líquida da Hypera ficou praticamente estável entre outubro e dezembro, na comparação anual, ficando em R$ 928,6 milhões. A Hypera fechou o ano passado com caixa líquido de R$ 216,3 milhões.
IRB BRASIL (IRBR3): Antonio Cássio, que está de saída do grupo italiano de seguros Generali, pode ser anunciado já nesta semana o presidente do conselho de administração do ressegurador IRB Brasil Re, apurou o Broadcast, que havia antecipado a indicação de seu nome na quinta-feira, 5. O executivo chegará com a missão de resgatar a credibilidade da companhia, que perdeu metade de seu valor de mercado em apenas uma semana. Cássio atua há 30 anos no mercado de seguros e é CEO Américas da Generali desde abril de 2015. O executivo, que é ex Vice-Presidente da CNSeg, já comandou o Grupo Zurich para a América Latina e também o conselho executivo da Mapfre Seguros Brasil. Cássio ocupará a vaga deixada por Ivan Monteiro, que no fim de fevereiro deixou o posto. Desde a segunda-feira da semana passada o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que já era membro do conselho do IRB, assumiu a chefia do colegiado, de forma interina.