A B3 registrou no 4T19 um lucro líquido de R$ 733 milhões, com alta de 26% em relação aos R$ 583 milhões do 4T18, explicado, principalmente por forte incremento de receita (+20%), nesta base de comparação, comportamento contido das despesas (0%) e melhora do resultado financeiro (-5%); parcialmente compensado por aumento do IR/CS. Em base recorrente o lucro do trimestre cresceu 21% em doze meses para R$ 865 milhões.

Tomando por base o resultado de 2019 o lucro líquido cresceu 30% totalizando R$ 2,71 bilhões, com alta de 23% em base recorrente para R$ 3,24 bilhões.

O EBITDA recorrente somou R$ 1,18 bilhão no trimestre e R$ 4,26 bilhões em 2019, com crescimento de 29% e 24%, respectivamente.

A atenção da companhia permanece na “aceleração do desenvolvimento do mercado, por meio de melhorias em produtos, serviços e sistemas, aprimorando a política de preços e incentivos”; e para 2020, “continua focada na disciplina nas despesas e eficiência na alocação de capital”.

Ontem (5/março) a ação B3SA3 fechou cotada a R$ 47,11/ação, correspondente a um valor de mercado de R$ 97,0 bilhões e alta de 10,5% este ano, ante queda de 11,6% do Ibovespa. Nesse patamar os múltiplos para 2020 são: P/L de 26,0x e VE/EBITDA de 18,9x.

Na comparação do 4T19/4T18 as despesas permaneceram estáveis, abaixo portanto do crescimento de 21% da receita líquida, impactando positivamente o resultado operacional da companhia. A Margem EBITDA recorrente cresceu de 69,6% no 4T18 para 74,7% no 4T19, e de 70,9% em 2018 para 72,1% em 2019.

Ao final do 4T19, a B3 possuía endividamento bruto de R$ 4,1 bilhões (45% de longo prazo), correspondente a 1,0x o EBITDA recorrente dos últimos 12 meses.

Com base no resultado do ano passado a B3 divulgou suas projeções para 2020:

• Despesas Ajustadas: entre R$ 1.125 – R$ 1.175 milhões (ante R$1.074 milhões em 2019);

• Despesas atreladas ao faturamento: R$ 105 – R$ 125 milhões (R$ 239 milhões em 2019);

• Depr. e amortização: R$ 1.030 – R$ 1.080 milhões (R$ 1.030 milhões em 2019);

• Investimentos: R$ 300 – R$ 330 milhões (R$ 298 milhões em 2019);

• Endividamento (YE20): até 1,5x Dívida Bruta / EBITDA recorrente dos últimos 12 meses (1,0x em dez/19);

• Distribuição do lucro aos acionistas: 120% – 150% do lucro líquido societário (reafirmado) (130% em 2019).

Plano de Recompra

O conselho de administração da B3 aprovou a recompra de até 21,7 milhões de ações ON da companhia. O prazo máximo para aquisição de ações é de até 359 dias corridos, contados a partir de 6/março de 2020 até 28 de fevereiro de 2021, cabendo à administração definir as datas em que a recompra será efetivamente executada.

Pagamento de dividendos complementares referentes a 2019

O conselho aprovou a destinação de R$ 344,3 milhões a título de dividendos, equivalentes ao valor de R$ 0,168173061 por ação. O pagamento será realizado em 07 de abril de 2020 e tomará como base a posição acionária de 25 de março de 2020; sendo negociadas na condição “ex” dividendo a partir do dia 26 de março de 2020. O retorno é de 0,35%.

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