A Telefônica Brasil (Vivo) divulgou, o balanço financeiro e operacional de 2019. No ano, a empresa aumentou seus investimentos, que se aproximaram dos R$ 9 bilhões, um aumento de 7,9% quando comparado ao ano anterior, representando 20% da receita operacional. Aporte essencialmente direcionado à expansão das melhores tecnologias de conexão móvel e fixa.
A Vivo realizou em 2019 a maior expansão da história de sua rede de fibra, levando a tecnologia para 43 novas cidades, encerrando o ano em 164 municípios, com 11 milhões de domicílios cobertos. No móvel, a empresa fechou o ano em mais de 3,2 mil cidades com a rede 4G, cobrindo 89% da população, e 1,2 mil municípios com o 4.5G disponível para 66% dos brasileiros.
‘A demanda da sociedade é por conectividade de qualidade. E, como líderes de mercado, elevamos nossos investimentos ao maior patamar da história da Vivo, para oferecer aos nossos 100 milhões de acessos uma infraestrutura diferenciada, com mais cobertura 4,5G e fibra’, afirma o presidente da Vivo, Christian Gebara. ‘Manteremos os investimentos em alta, e ao final de 2020, completaremos o plano trienal anunciado há dois anos, com um montante de R$ 26,5 bilhões investidos’, explica.
No quarto trimestre, a receita operacional líquida cresceu 2,6% — quando comparado ao igual período anterior — um dos maiores crescimentos dos últimos quatro anos, por sólido desempenho das receitas de pós-pago, aparelhos e fibra. No ano, a receita operacional líquida cresceu 1,9%.
Os custos operacionais recorrentes, excluindo gastos com depreciação e amortização, subiram 1% no último trimestre, motivados, principalmente, pelos maiores custos com vendas de aparelhos, em um período em que a inflação foi de 4,3% (IPCA – 12M). No ano, os custos operacionais recorrentes cresceram apenas 1,2% devido às eficiências geradas por nosso constante processo de digitalização da companhia. Neste sentido, a proporção de clientes que recebem faturas online chegou a 73% e através do incentivo ao uso do Meu Vivo, a empresa reduziu em 25% as chamadas recebidas no call center.
Com isso, o EBITDA recorrente — lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — cresceu 5,4% no trimestre, totalizando R$ 4,3 bilhões, com margem de 38,2% – a maior da história da empresa –, refletindo sua estratégia em focar em negócios de maior valor com planos pós-pagos e expansão da rede de fibra, além dos esforços de simplificação, digitalização e forte disciplina financeira. No ano, o EBITDA recorrente chegou a R$16 bilhões, alta de 3,1% em relação a 2018, com margem de 36,2%.
O lucro líquido do trimestre chegou a R$ 1,3 bilhão, contribuindo para o acumulado de 2019 de R$ 5 bilhões. O resultado é menor em relação a 2018 pois, naquele ano, o lucro foi positivamente impactado por efeitos não recorrentes referentes ao trânsito em julgado, no Superior Tribunal de Justiça, de dois processos judiciais que reconheceram o direito da exclusão do ICMS da base de cálculo das contribuições ao PIS e COFINS. Quando excluídos os efeitos não recorrentes, o lucro líquido de 2019 atingiu R$5,4 bilhões com crescimento anual de 2,5%.
O fluxo de caixa livre da atividade de negócio apresentou crescimento de 28,4% no quarto trimestre, atingindo R$ 2,6 bilhões, impulsionado, principalmente, pela expansão do EBITDA. No acumulado de 2019, valor atingiu expressivos R$ 8,2 bilhões, representando um aumento de 19,0% em comparação com 2018.
‘Em um ano marcado por uma retomada ainda gradual da economia, apresentamos um resultado financeiro consistente combinando investimentos e crescimento acelerado em segmentos de cliente chave, eficiência em custos e a maior geração de caixa de nossa história atingindo R$ 8,2 bilhões no ano’ pontua o vice-presidente de Finanças da Vivo, David Melcon.
Liderança no Pós-Pago acompanha crescimento da receita móvel total
A receita líquida móvel cresceu 5,7% durante o quarto trimestre, influenciada por atividades comerciais dentro do segmento, como a expansão de 5,8% da receita de dados e serviços digitais — que já representa 82,3% do total –, e maior receita de aparelhos, que subiu 40,7% no ano, após expandir 46,2% no quarto trimestre, impulsionada pelas campanhas de vendas de Black Friday e Natal. No acumulado de 2019, a receita líquida móvel cresceu 4,8%.
O resultado se deve à estratégia da empresa de acelerar e ganhar participação em um mercado relevante por meio do poder da marca Vivo e dos canais de venda da empresa, que vêm atraindo consumidores de alto valor tanto para as lojas virtuais quanto físicas. Esse movimento também é reflexo da atenção e da experiência digital que a Vivo oferece aos seus clientes, seja pelo atendimento via aplicativo, ou nas lojas da empresa, projetadas para oferecer ao consumidor um ambiente altamente conectado.
‘Nossas lojas são verdadeiros pontos tecnológicos com um ambiente consultivo e participativo. Nelas, nossos clientes podem encontrar todo tipo de device, como aparelhos, câmeras, sensores, lâmpadas inteligentes, acessórios, e até drones’, afirma Gebara. ‘Somos uma empresa de tecnologia voltada para todas as necessidades dos nossos clientes, entregando os serviços digitais mais desejados do mercado por meio de parcerias com grandes players, como, Amazon Prime Video, Tidal, Spotify, Rappi e Netflix’, explica.
Já o Meu Vivo conta com mais de 16 milhões de usuários únicos. Uma pesquisa com usuários mostra que 80% deles classificam a interação como próxima e clara. A AURA, a Inteligência Artificial da Vivo, realiza em torno de 20 milhões de transações mensais, com mais de 90% de precisão, respondendo de forma personalizada sobre serviços, consumo de dados, conta, recarga, e outras dúvidas.
O total de acessos móveis em 2019 foi de 74,6 milhões, o que representa um market share de 32,9%, o maior registrado pela Vivo desde 2006. A base pós-paga representa 57,9% dos acessos móveis da empresa, com market share de 39,4% registrado em dezembro de 2019. No quarto trimestre foram 875 mil novas adições líquidas no pós-pago, enquanto as desconexões líquidas no pré-pago foram de 126 mil no período, levando a um expressivo incremento da base de acessos e legitimando a estratégia de impulsionar a migração dos clientes pré-pagos para planos controle e pós-pago.
Além disso, a Vivo continua sendo líder em terminais com tecnologia 4G, com participação de 31,9%, mantendo a qualidade da base de clientes e estratégia da empresa centrada em dados e serviços digitais.
No mercado de Machine-to-Machine (M2M), a base de acessos segue em forte expansão e atingiu mais de 10 milhões de dispositivos conectados em dezembro de 2019, representando um crescimento de 23% quando comparado ao ano anterior. A empresa segue líder do mercado brasileiro de conexões M2M com 41% de participação de mercado, segundo a Anatel, além de ser reconhecida mundialmente, pelo sexto ano consecutivo, líder no Quadrante Mágico do Gartner, que avalia fornecedores quanto à conectividade gerenciada, experiência no setor, serviços de valor agregado e capacidade global para desenvolver projetos de alta complexidade.
Fibra impulsiona negócio fixo
A receita de banda larga apresentou crescimento anual de 9,8%, influenciada pelas receitas em fibra, que já representam 35,6% desse total, com crescimento anual 45,8%. No quarto trimestre, comparado ao igual período do ano anterior, o aumento foi de 37,6%. O contínuo crescimento da receita do segmento acompanha o volume de acessos, que cresceu 30,8% no ano, somando 2,5 milhões de clientes.
E ao longo de 2020, a capilaridade da fibra pelo País deve crescer ainda mais, tanto pela continuidade dos investimentos neste serviço, como pela evolução de dois modelos de negócio lançados em 2019: o projeto de franchising de Fibra, que utiliza a marca Terra (conectado por Vivo Fibra) para levar a tecnologia a diversas novas regiões; e a parceria com a American Tower, que impulsionará a expansão em Minas Gerais nos próximos três anos.
A evolução positiva dos resultados em fibra compensou parcialmente a queda de 2,8% da receita líquida fixa do trimestre. A redução foi influenciada pela diminuição das receitas de voz devido à maturidade do serviço, e TV por assinatura, principalmente na tecnologia DTH que teve sua comercialização despriorizada. Em 2019, a queda foi de 3,2%, em relação ao mesmo período do ano passado.
No segmento de TV por assinatura, a receita registrou redução anual de 5,3% após cair 11,1% no quarto trimestre. Tais resultados refletem a estratégia mais seletiva para o serviço, com o encerramento das vendas do serviço de TV via satélite (DTH) e foco total na tecnologia IPTV, cuja receita cresceu 22,2% no trimestre, com crescimento de 32,1% no acumulado do ano. A evolução da receita de IPTV acompanhou o aumento de 23,4%, no ano, nos acessos desta tecnologia.
A Receita de Dados Corporativos e TI cresceu expressivos 17,8% no trimestre, em função do bom desempenho das receitas de novos serviços no mercado corporativo, como dados, cloud, serviços de TI e vendas de equipamentos. No ano, esta receita cresceu 9,9%.
(MR – Agência Enfoque)
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