A Petrobras (PETR3; PETR4) surpreendeu o mercado com digressões negativas ao reportar resultados do quarto trimestre de 2024, apresentando um prejuízo de R$ 17 bilhões, revertendo o lucro de R$ 31 bilhões do mesmo período do ano anterior. Em termos líquidos, o resultado negativo alcançou US$ 2,8 bilhões, quando o consenso do mercado projetava lucro de US$ 2,8 bilhões. Essas informações foram amplamente divulgadas na análise da XP e refletem o impacto de custos operacionais, dívidas e os efeitos da desvalorização cambial, como mencionado durante o balanço.
A reação imediata do mercado foi negativa, com as ações da Petrobras sofrendo quedas significativas na abertura das negociações. Às 10h da sessão, os papéis da PETR3 e PETR4 registravam quedas de 4,40% e 4,22%, respectivamente. Em uma avaliação detalhada, analistas da XP Investimentos observaram que o baixo volume de dividendos, que atingiu apenas US$ 1,6 bilhão – muito abaixo das expectativas que variavam entre US$ 2,5 bilhões e US$ 3 bilhões – também precipitou preocupação no mercado. Este dividendo representa apenas 45% do fluxo de caixa livre, uma métrica que muitos investidores consideravam para ser mais robusta, segundo os analistas Regis Cardoso e Helena Kelm.
Fatores que Impactaram o Resultado
Os resultados da Petrobras foram afetados pela necessidade de aumentar o capital de investimento (capex), que foi aproximadamente 15% maior do que o previsto. Especificamente, R$ 2,1 bilhões adicionais foram gastos, com a maioria das despesas sendo concentradas no quarto trimestre de 2024. Esse aumento gerou preocupações acerca da política de investimentos da empresa e sua postura em relação à paridade internacional, especialmente no que tange ao segmentado de refino, conforme destacados por analistas da Genial Investimentos.
De acordo com a Petrobras, se desconsiderarmos os eventos extraordinários, o resultado do período teria revelado um lucro ajustado de R$ 17,7 bilhões. No entanto, a pressão provocada pelos números atuais sugere que a recuperação das ações pode levar um tempo significativo.
Expectativas de Mercado
Ao análise realizada pelas instituições financeiras como XP e Genial, existe uma evidência de que as ações da Petrobras poderão enfrentar mais pressão nas futuras sessões, podendo manter uma trajetória negativa a curto prazo. Entretanto, apesar do cenário adverso, algumas casas de análise ainda mantêm recomendações de compra para os papéis da Petrobras, com a XP estabelecendo um preço-alvo de R$ 46,00 para a PETR4 até o final de 2025, indicando um potencial de valorização de 21,21%. A Ágora Investimentos, por outro lado, aponta um alvo de R$ 53,00, sugerindo um crescimento ainda mais significativo de 39,7%.
Esse cenário, pontuado pela insatisfação com os resultados e sua repercussão no mercado, é um chamado para os investidores ficarem atentos aos desdobramentos na política de dividendos e durante as movimentações em ações de empresas ligadas ao setor de energia. A diversificação dos investimentos e o monitoramento de setores emergentes podem se revelar estratégias valiosas diante da atual volatilidade no mercado de ações.
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