Conforme divulgação do 4T24, a Ambev (ABEV3) notificou um salto significativo em suas ações após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024. Na quarta-feira, 26 de janeiro, as ações da cervejaria fecharam o dia com alta de 5,59%, alcançando o valor de R$ 11,71 por papel. Este movimento é resultado direto do lucro líquido reportado pela companhia, que totalizou R$ 5 bilhões, um incremento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. Bem como, na aprovação da distribuição de dividendos que totalizarão R$ 2 bilhões, equivalentes a R$ 0,1276 por ação.

Resultados que impressionam

A divulgação dos números superou as expectativas do mercado, que previa um lucro de apenas R$ 4,6 bilhões, segundo o BTG Pactual. Esse desempenho robusto, que teve como base o trimestre anterior, reflete o fortalecimento das operações do grupo, especialmente em mercados fora do Brasil, como aponta a análise do BTG Pactual.

Dividendos atraentes e visões divergentes

Outra notícia positiva é a aprovação da distribuição de dividendos que totalizarão R$ 2 bilhões, equivalentes a R$ 0,1276 por ação. Essa iniciativa sinaliza um compromisso da empresa com seus acionistas, mesmo diante de um cenário misto na avaliação de seus resultados. Enquanto o BB Investimentos manifestou otimismo, o Itaú BBA apresentou uma perspectiva mais cautelosa, identificando desafios na divisão de cervejas no Brasil, que pode enfrentar um ambiente competitivo mais difícil.

Desafios no mercado interno

De acordo com os analistas do Itaú BBA, a queda no volume de vendas da divisão de cervejas no Brasil levanta preocupações sobre a sustentabilidade da receita, algo não observado desde a pandemia. Essa análise chama a atenção para a necessidade de monitorar a evolução dessa segmentação, visto que, embora as operações internacionais tenham se destacado, o mercado interno apresenta incertezas.

Perspectivas para 2025

A avaliação de diversas instituições mostra que as expectativas para 2025 permanecem conflituosas, refletidas na negociação das ações da Ambev a 12 vezes o lucro. O cenário futuro pode ser impactado pela falta de “gatilhos operacionais” e pela necessidade de uma estratégia sólida para manter a competitividade no Brasil.

Os analistas do BTG Pactual destacam ainda o crescimento nos mercados da América Central e Caribe, que revela um bom desempenho e potencial de lucro considerável, contrastando com a operação brasileira.

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