O BofA (Bank of America) manteve a recomendação neutra para os papéis do Banco do Brasil (BBAS3), mas elevou o preço-alvo elevado de R$ 29 para R$ 31. Além disso, os analistas ressaltaram que a decisão reflete o desconto nas ações e a expectativa de dividendos altos este ano.
O banco projetou que o “Dividend Yield” (rendimento dos dividendos) do Banco do Brasil deve ser de 9% este ano. O fato da recomendação seguir neutra se deve à desaceleração de lucros e de rentabilidade, puxada por menor volume de empréstimos.
O lucro líquido do banco deve ser de R$ 39 bilhões em 2025, representando um avanço de 3% ante 2024, projetou o BofA, com a visão de uma expansão mais fraca e que deve ficar atrás dos concorrentes privados.
“A administração orientou para um crescimento de empréstimos de 8% (contra 12% de crescimento em 2024), com pressão da desaceleração do portfólio rural”, diz a equipe do banco norte-americano, segundo o “InfoMoney”.
Em paralelo a isso, os analistas veem que o NIM (margem líquida de juros) deve permanecer resiliente, baseado na reprecificação das taxas de empréstimo, maiores ganhos de tesouraria e custos de financiamento estáveis.
Para os analistas, dependendo do efeito de novos dados sobre a corrida para as eleições de 2026, a recomendação pode mudar.
“O principal risco de alta para nossa tese é o fluxo de notícias positivo relacionado às eleições presidenciais, o que pode levar à reclassificação da avaliação”, comentou o banco.
Banco do Brasil (BBAS3) espera lucrar até R$ 41 bilhões em 2025
O Banco do Brasil (BBAS3) projeta um lucro líquido ajustado de R$ 37 bilhões a R$ 41 bilhões em 2025, como divulgou a instituição nesta quarta-feira (19). Dessa forma, é possível que o resultado tenha uma queda de até 2,4% em relação a 2024, com R$ 37,9 bilhões, ou uma alta de até 8,2%.
As expectativas para este ano são de uma margem financeira bruta entre R$ 111 bilhões e R$ 115 bilhões (altas de 6,8% e 10,7%, respectivamente). Já em relação à receita com prestação de serviços, o banco prevê de R$ 34,5 bilhões a R$ 36,5 bilhões (entre queda de 2,8% e alta de 2,8%).
Enquanto isso, a previsão para as despesas com provisões contra a inadimplência vai de R$ 38 bilhões e R$ 42 bilhões, o que representa alta em relação ao ano passado, com R$ 35,7 bilhões. Por suas vez, as despesas administrativas têm projeções entre R$ 38,5 bilhões e R$ 40 bilhões (alta de 4,1% a 8,1%).
Em 2024, o banco teve um crescimento em sua carteira de crédito de 15,3%. Em 2025, o Banco do Brasil espera uma alta de 5,5% a 9,5%, impulsionada pelo setor de pessoas físicas, que deve ter alta de 7% e 11%.
Enquanto isso, a carteira de empresas deve subir entre 4% a 8%. Já para o agronegócio, a expectativa é de uma alta de 5% a 9%.
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