Produtores seguem atentos ao campo e aos possíveis impactos do clima sobre a produção de milho – enquanto as enchentes prejudicam lavouras no Rio Grande do Sul, o tempo quente e seco no Paraná, São Paulo e sul de Mato Grosso do Sul preocupam agricultores.Com isso, levantamento do Cepea mostra que poucos vendedores vêm disponibilizando novos lotes no spot, sustentando os preços do cereal em um cenário de demanda enfraquecida – a maior parte dos compradores está afastada, à espera da entrada de maiores volumes.A colheita de milho segunda safra começou no Paraná, Mato Grosso e Goiás e em algumas áreas de Minas Gerais e de São Paulo. Apesar de preocupações e de possibilidade de reajustes na oferta nacional, estimativas seguem apontando safra volumosa no Brasil. A colheita do milho safrinha já está em andamento no Mato Grosso e chega a 1%, segundo levantamento de consultorias locais.No Paraná, levantamento do Deral da semana passada indicava colheita de 1%.Depois de ter subido de forma acentuada na virada do mês, na semana passada o milho acumulou perdas na Bolsa de Chicago que ultrapassaram 4%, segundo a Corretora Granoeste, de Cascavel/PR.Porém, segundo os analistas, as cotações internacionais são suportadas pelas cortes nas safras brasileira e argentina. “O mercado também considera certo atraso do plantio norte-americano. O resultado acaba sendo uma menor oferta global e, consequentemente, redução dos estoques. Outro ponto são os sólidos ganhos no trigo, cuja cotação se aproxima dos U$ 7,00 por bushel”, afirmou Camilo Motter, analista da Granoeste.

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