Nesta segunda-feira (15), o mercado financeiro local segue acompanhando as movimentações na Petrobras (PETR3)(PETR4) para o pagamento de dividendos, depois do presidente do conselho de administração da companhia, Pietro Mendes, ser afastado do cargo. A balança comercial da semana também está no radar.
O Ibovespa (IBOV), principal índice acionário da B3, a Bolsa brasileira, encerrou a última sexta-feira (12) em queda de 1,14%, aos 125.946,09 pontos.
Confira outros fatores que movimentam o Ibovespa (IBOV) nesta segunda-feira (15):
Guerra no Oriente Médio
A reunião do Conselho de Segurança da ONU, convocada por Israel após o ataque do Irã em seu território (sábado, 13 de abril), deixou patente a preocupação da comunidade internacional para evitar que os conflitos escalem na região do Oriente Médio.
Os Estados Unidos e países da Europa condenaram a ação da força iraniana, mas as vozes foram unânimes em defender o fim das tensões. A Rússia disse que as duas partes, Irã e Israel, devem recuar para evitar um banho de sangue. Antes, a China havia pedido calma.
As declarações da Casa Branca afirmando que os Estados Unidos não participarão de uma resposta ofensiva de Israel ao Irã também foram muito importantes. O aviso foi dado pelo presidente Biden ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ainda no sábado.
As características do ataque iraniano, que antecipou o envio dos drones e dos mísseis, dando tempo à defesa antiaérea de Israel e dos aliados para uma interceptação ampla e segura, já foram recebidas como prova de que o objetivo não era uma guerra.
Israel, de seu lado, também indica que evitará escalar o conflito, embora tenha prometido uma resposta “no momento certo”.
As informações são do site Bom Dia Mercado.
Petrobras (PETR3)(PETR4)
i. Se a Advocacia-Geral da União (AGU) não conseguir derrubar nesta semana a liminar que afastou do cargo o presidente do conselho de administração da companhia, Pietro Mendes, um interino terá que ser eleito para o cargo.
De acordo com o estatuto da petroleira, a escolha teria que ser feita na primeira reunião ordinária do colegiado, marcada para sexta-feira (19), que deverá deliberar o pagamento dos dividendos extraordinários referentes ao 4 trimestre do ano passado.
Cogitado para assumir, Francisco Petros, representante dos acionistas minoritários, negou ao Valor Econômico que esteja interessado.
No Estadão, auxiliares do presidente Lula contam votos e temem a derrota na votação sobre dividendos extras para minoritários, que pleiteiam a distribuição integral, enquanto o governo passou a aceitar, com muito custo, o pagamento de uma fatia menor.
Dos 11 conselheiros, dois foram suspensos pela Justiça, o que elevou, por consequência, o poder de acionistas minoritários no comitê. Dos nove membros restantes, quatro são representantes dos minoritários e quatro próximos ao governo.
O voto do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, é importante porque ele é o voto de Minerva no desempate. Na reunião do conselho que determinou a retenção dos dividendos extras, Prates se absteve, mas sua posição em favor de 50% é conhecida.
Também o ministro Fernando Haddad defende o pagamento de 50%, enquanto Alexandre Silveira (MME) e Rui Costa (Casa Civil) falam em um teto de 30% e conselheiros do setor privado sustentam que é possível distribuir 100%.
ii. Prates, que começou a semana passada na condição de demissionário e terminou mantido no cargo, teve o apoio direto de Haddad, que precisa dos dividendos para o caixa da União, acionista majoritária.
Em favor de Prates, em processo de fritura por Silveira, Haddad assegurou a Lula que a distribuição dos dividendos extraordinários da Petrobras não teria impacto na capacidade da estatal de financiar seu plano de investimentos.
Estão em jogo R$ 43,9 bilhões em dividendos extras.
As informações são do site Bom Dia Mercado.
Meta fiscal
A revisão da meta fiscal para 2025 ocorre num momento em que o governo enfrenta dificuldades no Congresso, com a indefinição sobre projetos que impactam as contas públicas, como o benefício às prefeituras, ao Perse e à desoneração da folha.
Com a urgência aprovada, a Câmara pode acelerar a tramitação e colocar em votação nesta semana os projetos do fim gradual do Perse e da reoneração da folha das prefeituras de municípios com até 50 mil habitantes.
Em conversa na última sexta-feira (12) com o ministro Rui Costa, Artur Lira teria garantido que suas desavenças com o ministro Alexandre Padilha, a quem chamou de “desafeto pessoal e incompetente”, não vão interferir nas votações da agenda econômica e da reforma tributária.
Também o deputado Elmar Nascimento, líder do União Brasil e aliado de Lira, disse que a agenda econômica “não ficará subordinada a nenhum ruído político”. No entanto, o Centrão pode estar planejando o “troco” para o Planalto na análise dos vetos presidenciais.
Em sessão do Congresso convocada para esta quinta-feira (18), deputados e senadores estariam dispostos a derrubar o veto do presidente Lula aos R$ 5,6 bilhões aprovados para as emendas de comissão no Orçamento deste ano. Vai complicar mais a vida de Haddad.
No exterior…
EUA
Na agenda econômica dos Estados Unidos da América (EUA) nesta segunda-feira (15), estão:
– 09:30 -Índice Empire Manufacturing de atividade de abril e vendas no varejo em março;
– 11:00 – Confiança do construtor em abril.
Europa
Zona do Euro
A produção industrial da zona do euro subiu 0,8% em fevereiro ante janeiro, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta segunda-feira (15), pela agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.
O resultado veio em linha com a previsão de analistas consultados pela FactSet. No confronto anual, por outro lado, a produção industrial do bloco apresentou contração de 6,4% em fevereiro.
Neste caso, o consenso da FactSet era de declínio menor, de 5,5%. A Eurostat também revisou números da produção de janeiro, para recuo mensal de 3% e queda anual de 6,6%,
China
Agenda:
No final da noite (23:00), Pequim divulga o PIB/1Tri, produção industrial e vendas no varejo de março