Nesta semana, dois novos casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) foram confirmados no município de Guaraqueçaba, no Litoral do Paraná. Ambos em aves da espécie Trinta-réis-de-bando (Thalesseus maximus).
Assim, o Paraná apresenta até o momento sete focos da doença, todos em aves silvestres no Litoral do Estado. As medidas de vigilância em propriedades em torno dos focos estão em andamento, de acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
Um dos casos foi confirmado nesta sexta-feira (07) e o outro na quarta-feira (05).
Os demais casos estão nas cidades de Pontal do Paraná (03) sendo dois em aves da espécie Trinta-réis-de-bando (Thalesseus maximus) e uma Trinta-réis-real (Thalesseus maximus); em Antonina (01) e em Paranaguá (01), ambos em aves da espécie Trinta-réis-real (Thalesseus maximus).
As amostras são enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP). Reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal – OMSA – como referência internacional em diagnóstico de Influenza Aviária.
Status Sanitário
A infecção pelo vírus em aves silvestres não altera o status sanitário do Paraná e do Brasil como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Assim, não há impacto no comércio internacional de produtos avícolas. Também não há risco no consumo de carne e ovos, pois a doença não transmite por meio do consumo.
A Adapar atende 100% das notificações de suspeita. Quando verificado um caso provável, é feita a coleta de amostra para diagnóstico laboratorial, isolamento de animais, interdição da unidade epidemiológica (propriedade), verificação do trânsito e investigação de possíveis vínculos.
Além disso, a Agência promoveu, recentemente, a capacitação e o treinamento de profissionais em todas as Unidades Regionais do Estado. Contando com médicos veterinários com dedicação exclusiva e capacidade técnica elevada na área para atendimento das questões sanitárias.
No final de junho, por meio de uma portaria, a Adapar suspendeu por 90 dias o trânsito de aves do Litoral, para mitigar a disseminação da doença.
O que fazer?
A primeira linha de defesa contra a influenza aviária é a detecção precoce e a notificação oportuna de suspeita da doença para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação. Os produtores e a população precisam ficar atentos aos sinais que as aves infectadas pelo vírus da gripe aviária apresentam.
Pelo risco de contágio, não se deve manipular aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença. Todas as suspeitas de Influenza Aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Adapar, pessoalmente nas unidades, pelo telefone 3313-4013 ou por meio da plataforma e-Sisbravet. A notificação possibilita ação rápida dos fiscais de Defesa Agropecuária.
Os donos de aviários devem reforçar os cuidados. O fechamento de todas as frestas para evitar que qualquer outro animal, incluindo as aves silvestres, possa ter contato com as aves comerciais é essencial. Além disso, também é importante não deixar ninguém estranho à produção chegar perto das aves. Aqueles que precisam desse contato utilizem roupas e sapatos específicos para a atividade.