Confira a avaliação da BTG para os resultados do Grupo SBF (SBFG3) no 4T21. Desta maneira, a equipe de analistas vê a companhia seguindo uma tendência de recuperação.
BTG avalia resultado do Grupo SBF (SBFG3)
“Seguindo a tendência de recuperação dos trimestres anteriores, o Grupo SBF (Centauro + Fisia) apresentou resultados trimestrais fortes, acima de nossas estimativas” Afirmam os analistas do BTG.
Na bandeira Centauro, o SSS (vendas em mesmas lojas) das lojas físicas e o crescimento da receita atingiram 9% a/a (+3,4% vs. 4T19) e 9,3% a/a (8,5% vs. 4T19) no trimestre.
A operação online também apresentou números sólidos, com GMV crescendo 19% a/a e respondendo por 28% do GMV total da Centauro (semelhante ao 4T20), levando a uma receita digital de R$ 349 milhões (+22% a/a).
Suportada por 16 aberturas líquidas nos últimos 10 meses (227 no total), a receita líquida da Centauro foi de R$ 1,058 bilhão, um crescimento de 15% a/a (+24% vs. 4T19).
A receita líquida da Fisia (operação da Nike no Brasil) atingiu R$ 746 milhões, com as vendas de DTC já respondendo por 50% do faturamento da divisão.
Como resultado, a receita líquida consolidada foi de R$ 1,683 bilhão (aumento de 55% a/a e 2% acima de nossa projeção).
A rentabilidade foi o principal destaque positivo na Centauro e na Fisia
De acordo com os analistas do BTG, a margem bruta ficou em 47% (120bps acima de nossa expectativa e +340bps a/a), com ganho de margem bruta da Centauro (+4,7 p.p. a/a e 1,7 p.p. vs. 4T19) impulsionado por um ambiente menos promocional, apesar da maior penetração do canal digital, enquanto a margem bruta da Fisia aumentou 200bps a/a.
As despesas de vendas, gerais e administrativas como % da receita líquida aumentaram para 30,9% (aumento de 230bps a/a), refletindo a espiral inflacionária, parcialmente compensada pela alavancagem operacional em função do crescimento da receita e sinergias de back-office e logística da
integração operacional da Fisia.
O EBITDA ajustado (excluindo -R$21,4 milhões em efeitos não recorrentes, principalmente relacionados a provisões fiscais e plano de opções de ações) atingiu R$271 milhões (7% acima de nossa estimativa), com margem EBITDA de 16,1% (70bps acima de nossa projeção).
Assim, o lucro líquido ajustado de R$ 303 milhões, que se beneficiou de um imposto diferido não recorrente de R$ 185 milhões no trimestre (excluindo este efeito, o lucro líquido atingiria R$ 118 milhões, 10% acima de nossa projeção).
O valuation limita o potencial de valorização de curto prazo
Segundo os analistas do BTG, os sinais de recuperação observados no 2S21 nos deixam com uma visão mais otimista sobre o momentum do Grupo SBF após a reabertura econômica, embora o valuation atual possa limitar o potencial de valorização de curto prazo (com o SBFG3 sendo negociado em 29x P/L 2022).
“Com sua posição de liderança em um mercado de artigos esportivos muito fragmentado e uma sólida estrutura de capital, vemos muito espaço para ganhos de market share, que aliados a uma plataforma omnichannel de rápido crescimento e a operação da Nike sustentam nossa visão positiva sobre o nome” Destacam os analistas.
De acordo com o relatório do BTG, a recomendação é de compra e o preço alvo é de R$ 34,00
Saiba quais são as principais recomendações dos analistas