O 4º trimestre do ano foi de queda em volume vendas nos segmentos de siderúrgico e mineração da empresa, mas os preços elevados compensaram os resultados da empresa.
Receita líquida – No 4T21 a receita totalizou R$ 10,3 bilhões (+5,9% s/ o 4T20) com bom resultado no segmento siderúrgico que apresentou recuperação de volume no período, além da incorporação da Elizabeth Cimentos. A combinação desses fatores acabou compensando a menor receita no segmento de mineração que foi impactado neste trimestre por um maior volume de chuvas em outubro e paradas programadas tanto na mina quanto no porto no mês de novembro.
Em 2021, a receita líquida totalizou R$ 48 bilhões, o que representa um expressivo aumento de 59,4% na comparação com 2020. Esse foi o maior faturamento já registrado na história da Companhia e reforça o excelente momento e o ambiente favorável nos principais segmentos operados pela CSN.
Na mineração houve queda na receita com volume de vendas 11% inferior ao 4T20. No 4T20, as vendas de aço também caíram (17%) em relação ao 4T20, com destaque para a baixa de 22% no mercado doméstico.
Resultado líquido – O resultado do 4T21 somou R$ 1,06 bilhão, queda de 20% em relação ao 4T20, devido ao menor resultado operacional que acabou por compensar as menores despesas financeiras e impostos registrados no período. No ano, o lucro líquido de 2021 atingiu R$ 13,6 bilhões ante um lucro líquido de R$ 4,3 bilhões em 2020, representando um aumento de mais de 217% reflexo do desempenho operacional da Companhia, além do do ganho na oferta pública de ações da CSN Mineração e das vendas de parte das ações da USIMINAS.
EBITDA – No 4T21 o EBITDA ajustado somou R$ 3,73 bilhões (margem: 34,7%), queda de 21% em relação ao 4T20 (R$ 4,74 bilhões). No ano, o EBITDA foi de R$ 22,0 bilhões sobre R$11,5 bilhões de 2020 (+91%). O ambiente favorável de preços e o aumento no volume de vendas em todos os segmentos foram fatores que contribuíram para esse resultado.
Fluxo de caixa – No 4T21, o saldo ficou positivo em R$ 575 milhões, pontualmente afetado pelo aumento do capital de giro da Companhia e maiores volumes de Capex e imposto de renda. Em 2021, o Fluxo de Caixa Ajustado atingiu R$ 13,4 bilhões (+59% s/ 2020), com bons resultados operacionais, reflexo de bons preços nos segmentos de aço, cimentos e mineração
Endividamento – No final do ano a dívida líquida consolidada atingiu R$ 16.8 bilhões, aumento de R$ 2,1 bilhões em relação a 2020, como consequência principalmente dos programas de recompras de ações em 2021, além da variação cambial. O endividamento ficou acima do guidance esperado, mas com alavancagem de apenas 0,76x.
Após alta de 126% em 2020 e queda de 18,3% em 2021, a ação CSNA3 encerrou cotada a R$ 27,97 com alta de 12,8% no ano. Segundo a Planner, o preço justo para a ação R$ 38,00 com potencial de alta de 36%.
CSNMineracao (CMIN3) – Queda de 47,6 % no lucro líquido do 4T21 e alta de 58,1% no ano
O mesmo comportamento dos negócios foi observado na CSN Mineração, ou seja um 4º trimestre ruim, mas crescimento no período de 12 meses. No 4T21 a empresa registrou lucro líquido de R$ 704 milhões (-47,6% em reação ao 4T20) e no ano o resultado somou R$ 6,37 bilhões contra R$ 4,03 bilhões em 2020.
O volume de vendas de minério caiu de 8,6 Mt no 4T20 para 7,7 Mt no 4T21 e no ano houve crescimento de 7% nas vendas, somando 33,2 milhões de toneladas.
A receita operacional líquida do 4T21 caiu 47% somando R$ 2,38% e o EBITDA recuou 73%. Queda também no fluxo de caixa ajustado do 4T21. A empresa fechou com caixa líquido de R$ 6,1 bilhões, mas reduziu em R$ 1,2 bilhão em relação ao trimestre anterior. No ano a receita líquida somou R$ 18 bilhões, aumento de 41% sobre 2020.
A ação CMIN3 encerrou cotada a R$ 6,71 com queda de 0,4% no ano, segundo informa a Planner, mas desde o seu início na B3 em 17/02/21, cotada a R$ 8,05 (ajustada) seu desempenho é ruim.