A Votorantim Cimentos registrou lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre de 2021, crescimento de 57% em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia obteve receita líquida global de R$ 6,4 bilhões no terceiro trimestre do ano, aumento de 24% em relação a igual período de 2020, explicado principalmente pelo aumento do volume de vendas e dinâmica de preços favorável.
As vendas globais de cimento da empresa somaram 10,4 milhões de toneladas no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 7% em relação aos 9,7 milhões de toneladas comercializadas no mesmo período de 2020. A recuperação da economia global continua, porém em ritmo mais lento, ainda afetada pela pandemia da Covid-19.
“Nossos resultados neste trimestre foram sólidos e em linha com as nossas expectativas, principalmente devido à forte base de comparação com o terceiro trimestre de 2020. Aumentamos a nossa capacidade e seguimos focados em atender os mercados em que atuamos. Temos um cenário desafiador pela frente e já estamos sentindo a inflação de custos, mas a companhia está preparada, com boas métricas operacionais e financeiras, que nos dão segurança para seguirmos com o nosso plano estratégico de longo prazo”, diz o CEO Global da Votorantim Cimentos, Marcelo Castelli.
A Votorantim Cimentos encerrou o terceiro trimestre deste ano com EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 1,7 bilhão, crescimento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado, e margem EBITDA de 26%, redução de 4 pontos percentuais sobre o terceiro trimestre de 2020, impactada pela inflação de custos. A alavancagem, medida pelo índice dívida líquida/EBITDA ajustado, foi de 1,54x, queda de 0,42x em relação a dezembro de 2020, mantendo-se dentro da política financeira da companhia.
“Nossa alavancagem segue em queda desde o final do ano passado e temos mantido nossa tradicional disciplina financeira e gestão ativa de endividamento, fazendo frente a todas as aquisições internacionais anunciadas durante os nove primeiros meses do ano, como a operação recém-concluída da Cementos Balboa, na Espanha”, afirma o CFO Global da Votorantim Cimentos, Osvaldo Ayres Filho.
Em outubro, a Votorantim Cimentos, por meio de sua subsidiária espanhola Corporacion Noroeste, concluiu a aquisição integral da Cementos Balboa, na Espanha. A Cementos Balboa possui uma moderna fábrica integrada de cimento localizada em Alconera, província de Badajoz, na região de Extremadura (Sudoeste da Espanha), com capacidade instalada de produção de 1,6 milhão de toneladas de cimento por ano. Com a aquisição, a Votorantim Cimentos complementa suas operações na Espanha, aumentando sua eficiência operacional e aprimorando sua rede de distribuição, além de fortalecer sua presença no mercado da Península Ibérica.
Reforçando o seu compromisso com as diretrizes ESG, sigla em inglês para environmental, social and governance (ambiental, social e governança, em português), a Votorantim Cimentos realizou, em outubro, a emissão da sua 13ª debênture, com transação Sustainability-linked, alinhada aos princípios ESG, no valor de R$ 500 milhões.
Além disso, a companhia aderiu à campanha Business Ambition for 1.5°C e agora faz parte de um seleto grupo de empresas de classe mundial que se comprometem a avançar rumo a uma economia de baixo de carbono, visando que a temperatura global não aqueça mais que 1,5°C até 2050. Nessa linha, a Votorantim Cimentos oficializou o compromisso de alinhar suas metas de redução de emissões de CO2 com metas baseadas em ciência – Science-Based Targets Initiative (SBTi). A companhia também se juntou à campanha “Race to Zero” (Corrida ao Zero, em português) da ONU, que promove e incentiva que mais empresas, governos, instituições financeiras e educacionais se unam e atuem por um planeta mais saudável e com zero emissões de carbono.
Desempenho por região – No Brasil, a receita líquida da Votorantim Cimentos no trimestre foi de R$ 2,9 bilhões, aumento de 24% em relação ao terceiro trimestre de 2020. Já o EBITDA ajustado foi de R$ 672 milhões, crescimento de 11% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Os resultados positivos no terceiro trimestre de 2021 devem-se principalmente ao crescimento do volume de vendas e preços, mesmo com uma forte base de comparação em relação ao 3T20 e dinâmica econômica com custos mais altos e elevação da inflação.
O mercado brasileiro de cimento encerrou os primeiros nove meses de 2021 com um total de 49,2 milhões de toneladas de cimento comercializadas, um aumento de 9,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). O cenário de forte crescimento observado no primeiro semestre de 2021, principalmente em função de uma base baixa de comparação no mesmo período do ano passado, agora segue uma curva de desaceleração, conforme esperado pela indústria cimenteira.
Na América do Norte, a receita líquida da companhia atingiu R$ 2,3 bilhões no terceiro trimestre de 2021, um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior, principalmente devido à adição de volumes da McInnis, além de uma dinâmica positiva de mercado no Canadá e nos Estados Unidos. O EBITDA ajustado cresceu 11% em comparação ao terceiro trimestre de 2020, atingindo R$ 747 milhões no terceiro trimestre de 2021 contra R$ 671 milhões no mesmo período de 2020.
Na Europa, África e Ásia, a receita líquida da Votorantim Cimentos aumentou 25% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 1 bilhão. Os resultados se devem à maior demanda em Marrocos, Turquia e Espanha em comparação com o mesmo período do ano passado, quando os países ainda eram impactados pelas restrições da Covid-19, junto com uma melhor dinâmica de preços. O EBITDA ajustado foi de R$ 154 milhões neste terceiro trimestre, redução de 20% em relação ao terceiro trimestre de 2020. O resultado na região foi impactado pelos custos de energia e manutenções programadas.
Na América Latina, a receita líquida da companhia no terceiro trimestre foi de R$ 254 milhões, aumento de 2% em relação ao 2T20. O resultado deve-se principalmente a uma recuperação no mercado boliviano, impactado pelas restrições da Covid-19 no ano passado, e à forte demanda por produtos adjacentes no Uruguai. Já o EBITDA ajustado foi de R$ 85 milhões, crescimento de 19% em relação ao terceiro trimestre de 2020.
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