Hoje, os mercados começam o dia tendo que ajustar para dados divulgados durante a madrugada, na China, e aguardando outros dados de conjuntura aqui e no exterior. Ontem, a inflação medida pelo CPI (consumidor) nos EUA em agosto, declarações de Campos Neto, do Bacen, e pressão de parlamentares sobre política de preços de combustíveis e térmicas da Petrobras deram o tom dos mercados de risco para a sessão, com vista da relatoria dos precatórios.

Resultado disso foi a Bovespa fechando em queda de 0,19% e índice em 116.180 pontos, dólar pressionado em alta para fechar em R$ 5,26 e juros mais comedidos por conta de mudanças na previsão de alta da Selic em 22/09. Mercados americanos fechando com quedas, com o auxílio luxuoso das ações da Apple em queda com lançamentos anunciados.

Hoje, os mercados da Ásia encerraram o dia com quedas, Europa começando com mercados no campo negativo (exceção para Londres) e futuros do mercado americano com leve alta neste início de manhã. Aqui, seguimos marcando o patamar de 118.000 pontos do Ibovespa como meta a ser superada, para depois buscar a faixa de 121.000, quando teríamos comportamento mais consistente.

Investidores seguem preocupados com a desaceleração da expansão global e lockdown anunciado em região da China, com o surto da variante delta da Covid-19. A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) alertou para a desaceleração da expansão do PIB no segundo trimestre dos países do G-20, com +0,4%, de primeiro trimestre com +0,9% e grande desigualdade entre os países.

Na China, tivemos a divulgação de bateria de dados de conjuntura, no geral, mostrando desaceleração no mês de agosto. As vendas de moradias cresceram 24,5% no período entre janeiro e agosto, e os preços dos imóveis evoluíram 3,7%. A produção industrial cresceu 5,3% na comparação anual (previsto era 5,6%) e as vendas no varejo com +2,5% na comparação anual e +0,17% no mês de agosto. Os investimentos em ativos fixos entre janeiro e agosto expandiram 8,9%, mas a previsão era de 8,8%. Isso mexeu com os mercados da Ásia, com novos testes de mísseis da Coreia do Norte.

Na zona do euro, a produção industrial surpreendeu positivamente com alta de 1,5%, quando o previsto era +0,6%. Na comparação anual, expansão de 7,7%, mas a base de comparação era bastante fraca. No Reino Unido, a inflação pelo CPI foi de 3,2%, anual para agosto, no mês, alta de 0,77% e o núcleo com variação anual de 3,1%.

No mercado internacional, o petróleo WTI, negociado em NY, mostrava alta de 1,39%, com o barril cotado a US$ 71,44, com estoques, API em queda na semana anterior e tempestade no Golfo do México. O euro era transacionado em alta para US$ 1,183 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 1,27%. O ouro e prata com quedas na Comex e commodities agrícolas com viés positivo na Bolsa de Chicago.

Aqui, a incerteza fiscal preocupa mais que as próximas eleições. Rodrigo Pacheco devolveu ao governo a MP que protegia fake news, aquela colocada na véspera do 7 de setembro, e Bolsonaro reagiu dizendo “quem não contou uma mentirinha para a namorada”. Mentirinha presidente?? Já o senador Roberto Rocha, relator da PEC 110 que discute a introdução do IVA (imposto de valor agregado) entre os entes federativos, ainda acha possível votar e promulgar neste ano.

Na agenda do dia teremos a divulgação do IBC-Br de julho, uma prévia do PIB anunciada pelo Bacen e o mesmo Bacen divulga o fluxo cambial na semana anterior. Nos EUA, o importante índice de atividade de NY, a produção industrial de julho e os estoques de petróleo e derivados da semana anterior pelo Departamento de Energia.

Expectativa para Bovespa podendo buscar alta com petróleo forte, dólar mais fraco e juros ainda ajustando queda.
Fonte: Modalmais

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