🌎 MERCADOS GLOBAIS

Bolsas globais iniciam o dia em alta após perdas de ontem, e com mais otimismo com a retomada da economia europeia. Após notícias ontem de que a União Europeia atingiu seu alvo de vacinar 70% dos adultos do bloco, empresas varejistas e de viagens começam o dia em alta hoje. Dados do PMI Industrial no continente, apesar de apresentarem desaceleração, se mostraram em linha com o esperado, ainda indicando avanço do setor. S&P 500 futuros operam no terreno positivo após atingir recordes no mês. O índice dólar fica perto da estabilidade nesse início de sessão, os rendimentos dos treasuries sobem e moedas emergentes têm desempenho misto. No mercado asiático, as bolsas operaram em alta com ações de tecnologia chinesas se recuperando na esperança de que o pior da pressão regulatória de Pequim já tenha passado. Minério de ferro volta a despencar com expectativa de menor demanda chinesa e petróleo fica próximo da estabilidade à espera da reunião da OPEP.

📰 HEADLINES

ESTADÃO

Aumento da bandeira da energia traz alívio para crise, mas conta de luz pode subir mais em 2022. A adoção de uma bandeira tarifária de R$ 14,20 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) para compensar os custos da crise hídrica pode resultar em aumento maior nas tarifas de energia do próximo ano, segundo o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), Nivalde de Castro. O valor será praticado a partir desta quarta-feira, 1º de setembro, e representa uma alta de 49,63% em relação aos R$ 9,49 para cada 100 kWh praticados hoje, mas é bem menor do que os R$ 25,00 estimados pela própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para custear as despesas de geração de energia com usinas térmicas.

ESTADÃO

Auxílio emergencial: Secretário de Guedes diz que “não faz sentido” falar em prorrogação. Sem conseguir reajustar o Bolsa Família como deseja o presidente Jair Bolsonaro, a equipe econômica tenta conter o movimento pela prorrogação do auxílio emergencial. O secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, disse que, com a queda da curva de contágios e mortes por covid-19 e a economia voltando, não faz sentido falar em novas prorrogações do benefício. “O auxílio emergencial não é uma escolha política, é uma necessidade que vem de crédito extraordinário para uma imprevisibilidade”, alegou.

VALOR

Justiça do Rio quebra sigilo de Carlos Bolsonaro em investigação sobre “rachadinha”. A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) em meio à investigação de desvio de recursos públicos em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio. A investigação foi aberta depois de notícias sobre funcionários lotados no gabinete de Carlos que aparentemente não prestavam serviço para o vereador.

VALOR

Orçamento eleva pressão por solução para precatórios. A proposta para o Orçamento de 2022, apresentada ontem pelo governo, deve pressionar o Congresso e o Judiciário a encontrarem uma solução para bancar os R$ 89 bilhões em sentenças judiciais no ano que vem. Ao prever o pagamento integral dessa fatura, o governo deixou os funcionários públicos sem reajuste, os parlamentares com menos verbas para emendas, e o novo programa de assistência, o Auxílio Brasil, foi convertido numa versão sem reajuste do Bolsa Família.

GLOBO

Ministro pede “esforço inadiável de redução do consumo” de energia, e governo antecipa pagamentos da Eletrobras. Em rede nacional de rádio e televisão, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse na noite desta terça-feira que a crise hídrica se agravou e fez um apelo para um “esforço inadiável” de redução do consumo de energia elétrica no país. — Hoje, eu me dirijo novamente a todos para informar que a nossa condição hidroenergética se agravou. O período de chuvas na região Sul foi pior que o esperado. Como consequência, os níveis dos reservatórios de nossas usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro Oeste sofreram redução maior do que a prevista — disse o ministro, lembrando que fez outro pronunciamento em cadeia nacional há dois meses.

GLOBO

Reforma administrativa: relator decide manter estabilidade para todos os servidores. O relator Arthur Maia (DEM-BA) apresentou, nesta terça-feira, o parecer sobre a reforma administrativa. Ele fez várias modificações na proposta original e manteve a estabilidade para todos os servidores públicos, inclusive para os novos. Assim, eles só poderão ser demitidos após passarem por avaliação de desempenho. O parecer também prevê que não haverá reajuste para servidores em 2022. Mas serão abertas 41,7 mil vagas de concurso. Atuais benefícios, considerados privilégios por alguns especialistas, como licença-prêmio; promoção automática por tempo de serviço e férias superiores a 30 dias serão extintos, mas só para os futuros servidores.

FOLHA

Recuo do desemprego é acompanhado por vagas com salários menores. O mercado de trabalho brasileiro ensaiou reação no segundo trimestre, com trégua no desemprego e aumento na população ocupada. Os sinais de melhora, contudo, foram insuficientes para recuperar a renda média dos trabalhadores, que voltou a cair, mostram dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). Na visão de economistas, esses fatores, em conjunto, sinalizam que a abertura de vagas — formais e informais — tem sido acompanhada por salários menores.

FOLHA

Orçamento de 2022 é enviado com “meteoro” de precatórios e sem Bolsa Família turbinado. Ainda sem solução para a explosão de gastos com precatórios em 2022, o governo apresentou nesta terça-feira (31) o Orçamento do ano que vem com gastos comprimidos e sem atender às demandas do presidente Jair Bolsonaro para o período eleitoral. O texto não prevê a versão turbinada do Bolsa Família e não reforça verbas para obras. A proposta traz premissas já descoladas da realidade, com parâmetros econômicos defasados. O Ministério da Economia finalizou os cálculos com base em indicadores estimados em julho. No entanto, diante das oscilações do mercado nas últimas semanas, os dados tiveram mudanças significativas, o que distorce as contas.

📊 E OS MERCADOS HOJE?

Bolsas globais iniciam mais um dia em alta, com especial destaque para as bolsas asiáticas. Mercados parecem otimistas com a manutenção do ritmo de recuperação da economia, com o avanço da vacinação e BCs comprometidos a uma retirada gradual dos estímulos. No Brasil, o quadro político e fiscal ainda preocupa, sem definições para o problema dos precatórios e do novo programa social que substituirá o Bolsa Família. A queda do minério de ferro lá fora e a direção do petróleo após anúncio de produção da OPEP deverão impedir altas substanciais no âmbito local. Às 9h00, Campos Neto, presidente do BC; participará de audiência na Câmara dos Deputados, onde deverá tentar acalmar os ânimos do mercado; e comentar sobre o impacto do aumento da conta de luz sobre a inflação. Ontem o MME anunciou a criação de nova bandeira tarifária, chamada “escassez hídrica” que irá vigorar até 30/abril com aumento de 6,79% na tarifa. A bandeira foi elevada a R$ 14,20 a cada 100 kwh, reajuste dentro do esperado. O maior destaque, contudo, fica para a divulgação do PIB do segundo trimestre. A estimativa mediana do mercado está em um aumento de 0,2% frente ao último trimestre; de maneira que um valor que destoe das expectativas deverá condicionar a direção dos ativos locais hoje.

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