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📈 CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS

A conexão entre os eventos na Turquia neste fim de semana, com a demissão do presidente do Banco Central, após elevar os juros para 19% aa e o que ocorreu no Brasil com a Petrobras acabam se tornando inevitável.

Assim, a aprovação da independência do Banco Central em fevereiro foi e é de suma importância para que decisões consideradas polêmicas por algumas alas políticas, como a elevação de juros acima da mediada do mercado na semana anterior, tenham respaldo jurídico e não-interferência política.

A questão com a Turquia agora é entender se o movimento turco que destrói sua divisa agora pode afetar o Real; após a decisão de aperto monetário do COPOM, pois na abertura, os suspeitos usuais, ou seja, emergentes, já sofrem.

A lira turca tem queda superior a 8% e é seguida de perto pelas divisas mexicana, russa e sul-africana, ainda que demonstrem perdas sensivelmente inferiores.

O problema em si é o papel que o Real se presta neste contexto, sendo que não foi alvo do fluxo de capitais durante todo o ano de 2020 e num contexto desafiador como o atual, ainda existem dúvidas de sua atratividade.

A vantagem da nossa divisa vem exatamente de sua liquidez abundante e velocidade de transação, o que poderia, hipoteticamente; nos fazer um alvo preferencial do investidor estrangeiro, neste momento de distúrbio institucional no nosso par médio-oriental.

Numa semana de agenda macroeconômica pesada, as atenções que se davam à inflação continuam, pois, os desígnios dos próximos movimentos do COPOM; ainda que 75 bp estejam virtualmente contratados; dependem da manutenção das pressões de preços por um período maior do que o espectro para a próxima reunião.

Se depender do IPCA-15 e dos IGPs mais recentes, o cenário de aperto tem espaço para continuar intacto, porém, o viés demonstrado pelo COPOM na sua última reunião contraria em muito a premissa adotada desde que se iniciou este mandato.

O recrudescimento da pandemia é o elemento de choque em termos de atividade contraída e deflação e salta aos olhos que a solução não tende a vir no curto prazo, em vista à velocidade da vacinação em todo o país

📊 ABERTURA DE MERCADOS

A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, observando o problema da lira turca.

Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, após a decisão na Turquia.

O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos

Entre as commodities metálicas, quedas, exceto o cobre.

O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, apesar dos temores de piora na atividade europeia.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,48%.

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