O último dia de uma semana positiva para os mercados começa com ganhos no exterior. A continuidade do movimento, no entanto, depende de alguns pontos da agenda de hoje: lá fora, a divulgação do Payroll relativo ao mês de janeiro nos EUA. Por aqui, as repercussões da fala de Paulo Guedes na noite de ontem, dizendo que um novo auxílio emergencial pode ser criado desde que as “cláusulas” necessárias para garantir a estabilidade fiscal sejam mantidas. No campo sanitário, o Senado Federal aprovou a MP que autoriza o acesso do país a novos imunizantes por meio do Covax Facility, com texto que agora segue para sanção presidencial.

Na agenda do dia, o IGP-DI acelerou a 2,91% em janeiro, depois de ter alta de 0,76% em dezembro de 2020. O número ficou acima das expectativas e foi impulsionado mais uma vez pelo subíndice IPA-DI, que subiu 3,92% – por conta, basicamente, as cotações das commodities no atacado.

No campo corporativo, a Oi (OIBR4) fechou um acordo de exclusividade envolvendo a venda de ativos de fibra óptica da operadora em recuperação judicial, a InfraCo. O acordo vale até 6 de março, mas pode ser prorrogado por 30 dias. O mercado também monitora, com cautela, a reunião entre Bolsonaro, ministros e o presidente da Petrobras (PETR4) para discutir a alta no preço dos combustíveis. O presidente disse, ontem, que não quer interferir na empresa, mas sim entender a composição do preço. Na fila de IPOs, Focus Energia e Jalles Machado precificaram as suas ofertas abaixo do piso da faixa indicativa, em R$ 18,02 e R$ 8,30, respectivamente. Hoje marca a estreia da Mobly (MBLY3) e da Mosaico (MOSI3) na B3.

Há pouco, as principais bolsas europeias operavam em alta: Londres subia 0,10%, enquanto Frankfurt operava em alta de 0,23%. Em Nova York o comportamento era parecido, com Dow Jones e S&P futuros subindo, respectivamente, 0,46% e 0,47%. Por aqui o Ibovespa futuro abriu o dia em alta de 0,53%, aos 119.610 pontos.

Helena Veronese
Estrategista-chefe da Consulenza, plataforma de investimentos.

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