Após terem feito uma provisão extraordinária no valor total de R$ 3,2 bilhões no 2T20, para enfrentar os possíveis efeitos da pandemia, o banco conseguiu recuperar boa parte de seus números. Entre os principais pontos do release do 4T20, destacamos:
• Lucro líquido totalizou R$ 13.849 no acumulado do ano, representando queda de 4,8% ano/ano. No trimestre, o mesmo atingiu R$ 3.958, aumento de 1,4% vs. 3T20;
• Seu ROE anual ficou em 19,1%, menor em 2,2 p.p. vs. 2019. O referente ao 4T20, atingiu 20,9%, representando leve queda de 0,3 p.p. vs. 3T20;
• O resultado de provisão para créditos de liquidação duvidosa alcançou R$ 15.757 milhões em 2020, crescimento de 30,2% no ano; principalmente explicado pela constituição de provisão extraordinária de perdas de crédito no 2T20. No 4T20, as despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa chegaram a R$ 2.8 milhões, queda de -1,2% vs. 3T20 e -3,4% vs. 4T19;
• Lançaram o SX ao longo do 4T20, que diferencia o banco da solução de pagamentos instantâneos do Banco Central, PIX, com vantagens exclusivas para os clientes, incluindo 10 dias sem juros no limite da conta corrente para o segmento pessoa física e 5 dias para o segmento pessoa jurídica. Desde o lançamento, em novembro, já realizaram mais de 36 milhões de transações (enviadas e recebidas) por meio do PIX, totalizando mais de R$ 43 bilhões;
• Registraram um forte ritmo de originação de crédito, permitindo chegar a 10,8% de participação de mercado em produção no mês de dezembro, alta de 2,2 p.p. em doze meses. Algumas das iniciativas que nos levaram a atingir esse resultado foram condições competitivas de financiamento, em relação à taxa e prazo, maior campanha publicitária e mais comodidade para o cliente. Neste, incluíram a oferta digital “end-to-end”, que reduziu 22% o “lead-time” em 2020, e a portabilidade digital;
• Lançaram o cartão SX, como um reposicionamento do cartão FREE, os tornando mais competitivos no mercado. Esse novo produto estimula a transacionalidade do cliente e possibilita isentar a anuidade, por meio de incentivos ou cadastro de chaves PIX. Como resultado, emitiram 1 milhão de cartões, sendo 723 mil até dezembro o que representou 78% das novas emissões (novembro e dezembro);
• A carteira de crédito alcançou R$ 411.655 milhões em 2020 o que representa um aumento de 16,9% em relação ao ano anterior (ou 14,9% desconsiderando o efeito da variação cambial). Todos os segmentos registraram variação positiva no ano, sendo os segmentos PMEs e Grandes Empresas; as variações mais expressivas, 38,2% e 23,7%, respectivamente, relativas principalmente aos créditos de programas governamentais;
• O crédito à pessoa física atingiu R$ 174.300 milhões em 2020, alta de 12,2% no ano. Os produtos que registraram os maiores crescimentos anuais, como crédito imobiliário e consignado, indicam a estratégia de crescer em produtos colateralizados. Em dezembro de 2020, 76% do total da carteira de crédito pessoa física (incluindo Santander Financiamentos) estava atrelada a colaterais. Em três meses, a carteira de crédito pessoa física cresceu 5,6%, principalmente influenciada pelo crescimento do saldo de cartão de crédito e de crédito imobiliário;
• No 4T20 observaram uma retomada do consumo, contribuindo para um faturamento total de R$ 93,3 bilhões no trimestre pelo GetNet, alta de 52,7% em doze meses. Além disso, continuaram com o menor custo por transação do mercado. Destacam o protagonismo do banco na participação de mercado no e-commerce que atingiu 25% em 2020, sendo líderes na black- friday;
• Ao longo do ano, ampliaram em 16% o número de clientes digital, atingindo 15,6 milhões, em 12% o de clientes vinculados; chegando a R$ 6,4 milhões, e em 7% o de clientes ativos totais, totalizando R$ 27,9 milhões.
Impacto: Neutro. O banco relatou números em linha com a expectativa do mercado. Ainda assim, mostrou claros sinais de recuperação, com lucro no trimestre em R$3.958 e queda nas provisões para créditos de liquidação duvidosa, que foram inferiores em -1,2% vs. 3T20 e -3,4% vs. 4T19. Destaque para o crédito à pessoa física, que apresentou alta de 12,2% ano ano e representou 76% do total da carteira de crédito durante o último mês de dezembro. Por fim, lançaram o SX ao longo do 4T20, que diferencia o banco da solução de pagamentos instantâneos do Banco Central, PIX, além do cartão SX. Ambos tiveram forte aderência dos clientes, e sinalizam a preocupação da companhia ao se manter em dia com as atuais oportunidades do mercado.
