Existem diversos produtos disponíveis no mercado de renda fixa, entre eles a LCI e LCA. Alguns dos mais famosos são os títulos do Tesouro Direito e o CDB (Certificado de Depósitos Bancário).

Essas alternativas de investimentos são lastreadas, respectivamente, no mercado imobiliário e do agronegócio. Uma vez que elas podem ser vantajosas para investidores que prezam por melhores rentabilidades na renda fixa sem perder a segurança, é interessante conhecê-las.

Para ajudar nessa tarefa, serão apresentados 6 mitos e verdades sobre esses produtos. Boa leitura!

O que é LCI e LCA?

Antes de conhecer os mitos e as verdades sobre as duas, vale saber o que são LCI e LCATrata-se de títulos emitidos por instituições financeiras que visam à captação de recursos para o financiamento dos mercados imobiliário e do agronegócio.

Ao investir em uma LCI ou LCA você empresta dinheiro à instituição, que o utiliza nesses mercados. Na prática, o destino do dinheiro não faz diferença para o investidor, pois os títulos são bem parecidos. Apenas o lastro de cada um muda.

Dada a semelhança prática do investimento em LCI e LCA, é interessante que o investidor se norteie por características específicas. Por exemplo, a rentabilidade, o prazo do título e o risco. Para isso, é claro, é importante que você esteja ciente de seus objetivos.

Mitos e verdades sobre LCI e LCA

Agora que você sabe o que é LCI e LCA, é hora de conferir alguns mitos e verdades sobre essa alternativa de investimento.

Acompanhe!

1.       LCI e LCA são produtos isentos de Imposto de Renda

Verdade! Esse é um dos principais atrativos desses produtos. Uma vez que sua rentabilidade é líquida, não é necessário descontar imposto dela.

Dessa maneira, ainda que o retorno ofertado pela LCI ou LCA seja menor, por exemplo, do que o de um CDB, pode ser vantajoso investir nessas alternativas. Afinal, o CDB segue a tabela regressiva de Imposto de Renda.

Porém, antes de tomar a decisão, é fundamental fazer cálculos e conferir qual alternativa oferece, de fato, a melhor remuneração. Além disso, é preciso atentar à possibilidade da cobrança de taxa de custódia ou de corretagem.

2.       As instituições financeiras podem emitir LCIs e LCAs a qualquer momento

Mito! Conforme apontado, as LCIs e LCAs são títulos lastreados no mercado imobiliário e do agronegócio. Para entender por que a emissão não pode ser feita a qualquer momento, pense em um exemplo com a Letra de Crédito Imobiliário.

Nesse caso, imagine que uma pessoa foi a uma instituição e pediu um empréstimo voltado ao mercado imobiliário. A instituição por sua vez, liberou o crédito. Isso significa, então, que a pessoa deverá um valor — a ser pago em um número determinado de parcelas ao longo dos anos.

Porém, a instituição não quer esperar anos para ter esse dinheiro. Assim, ela emite as LCIs e LCAs, buscando captar dinheiro dos investidores. No caso da Letra de Crédito do Agronegócio, a ideia é semelhante, com lastro em empréstimos feitos a cooperativas ou produtores rurais.

Como é possível perceber, a instituição em questão não pode emitir os títulos quando desejar. É preciso que exista, primeiro, um lastro no crédito imobiliário ou agronegócio. Ou seja, que ela tenha um contrato de empréstimo em mãos.

3.       LCI e LCA são alternativas cobertas pelo FGC

Verdade! Tanto a LCI quanto a LCA são cobertas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Essa é uma proteção, caso a instituição emissora não possa honrar com seus compromissos ou quebre. Ou seja, ela dá uma segurança a mais em relação ao risco de crédito.

O FGC visa ressarcir o investidor até o limite de R$ 250 mil. Mas, é importante ter atenção: a garantia é contabilizada por instituição e por CPF. Caso mais de uma instituição na qual você investe dê o calote, é possível solicitar o FGC até um limite global de R$ 1 milhão — renovável a cada 4 anos.

4.       É melhor investir em LCI e LCA dos grandes bancos

Mito! Essa afirmação é falsa. Apesar de poderem apresentar menor risco de crédito, as LCIs e LCAs de grandes bancos podem não ser as mais vantajosas. Principalmente em termos de rentabilidade. Afinal, títulos de instituições menores podem oferecer taxas mais altas.

Vale lembrar que em termos de segurança todas as LCI e LCA são cobertas pelo FGC. Logo, o investidor pode investir em títulos de bancos menores — distribuídos por corretoras — e contar com a cobertura. Assim, pode conhecer alternativas além dos bancos maiores.

5.       A liquidez desses títulos tende a ser baixa

Verdade! De modo geral, as LCIs e LCAs são vistas como investimentos que têm uma liquidez menor do que outros produtos da renda fixa. Em comparação, por exemplo, com CDBs de liquidez diária ou títulos públicos, tende a ser mais difícil transformar os títulos em dinheiro e resgatá-lo.

Isso significa que não é possível sacar o valor investido nessas alternativas de investimento a qualquer momento. Em muitos casos, o saque se dá apenas no vencimento — a não ser que haja venda no mercado secundário.

Além disso, em alguns títulos há o chamado “prazo de carência”. Neles, é possível usufruir de liquidez diária depois de determinado período. Normalmente, é possível encontrar no mercado aplicações que permitem resgates depois de 90 dias.

6.       Não existe valor mínimo para investir em LCI e LCA

Mito! Tanto as LCIs quanto as LCAs costumam exigir um valor mínimo de aplicação. Ele varia de acordo com as condições do título.  Em linhas gerais, quanto maior o potencial de retorno, maior tende a ser o valor mínimo para investir.

Contudo, isso não é uma regra. É possível encontrar alternativas de menor custo. Em uma corretora de valores você pode avaliar possibilidades com diversas características e escolher a melhor para o seu caso.

Para saber se a LCI e a LCA são ideais para sua carteira, não se esqueça de levar esses mitos e verdades em consideração. E também considere seu perfil de investidor e objetivos. Afinal, só você pode definir quais condições de investimento cabem em sua realidade!

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