Veja a avaliação da Ágora sobre o resultado da Natura & Co (NTCO3) no 2T22. Sendo assim, a equipe de analistas da corretora vê destaques positivos e algumas frustrações no resultado da companhia.
Natura teve altos e baixos no 2T22
Conforme o relatório da Ágora, a Natura & Co. (N&Co.) reportou o resultado para o 2T22 com altos e baixos. Alguns destaques parecem bons, com vendas 3% acima da estimativa da corretora e crescendo em uma base cambial constante após quatro trimestres sucessivos de quedas. A surpresa com a receita foi impulsionada pela América Latina, parcialmente compensada por uma frustração com a The Body Shop (TBS) e na Aesop. Embora impulsionada em parte por ventos contrários cambiais mais fortes do que o esperado.
“O EBITDA de R$ 694 milhões foi 7% superior à nossa estimativa, impulsionado pela receita mais forte na América Latina e um grande corte nas despesas da sede corporativa“. Ressaltaram os analistas da Ágora.
Em todas as outras três unidades de negócios o EBITDA foi mais fraco do que as estimativa da Ágora. Junto a margem EBITDA, a equipe de analistas sinaliza a queda anual da margem bruta de 2,20 pp. Uma deterioração mais acentuada do que no 1T22 e 4T21 , portanto a margem total de 8,0% foi suportada por uma base de despesas mais eficiente.
Visão da Ágora sobre a Natura:
“Podemos descrever os resultados como uma “montanha-russa”, porque existem grandes destaque positivos“. Disseram os analistas da Ágora.
Destaque para as vendas Natura Brasil crescendo 14%, as vendas Avon Brasil 5% maiores na categoria Beleza e mercados hispânicos crescendo bem com câmbio constante. Mas também há algumas grandes frustrações como a contração da margem bruta. Também uma margem EBITDA dolorosamente baixa de apenas 3% na TBS e Avon International fraca, embora com deterioração limitada quando excluímos Ucrânia e Rússia.
Segundo a Ágora, é justo dizer que o “motor” da Natura & Co na América Latina, particularmente a Natura – parece melhor do que há vários trimestres, com forte crescimento e uma margem EBITDA estável de 10,8%.
No entanto, os analistas da Ágora destacam que o ponto de interrogação sobre a TBS cresceu (os canais de varejo estão lutando com menor tráfego, mas outros canais não estão mais acelerando). Segundo eles, é verdade que a TBS representou apenas 20% do EBITDA da Natura & Co. no ano passado em comparação com os 60% da América Latina, mas a fraqueza nesse negócio aumenta a lista de problemas que precisam ser corrigidos.
Corte de despesas
A administração espera poder cortar as despesas da sede corporativa em pelo menos 40%. Isso equivale a quase 6% do EBITDA do ano passado. Desse modo, a Ágora espera notícias adicionais sobre a nova estrutura corporativa nos próximos meses.
Dito isso, o comentário do CEO de que “as margens permanecerão pressionadas no curto prazo” provavelmente causará alguma preocupação e potencialmente rebaixará as estimativas de consenso (estamos quase 7% abaixo).
Portanto, embora certamente existam novos lançamentos na Avon Brasil, e a Natura continue a ter um bom desempenho como marca em toda a América Latina, achamos que os resultados provavelmente não trouxeram o conforto sobre as estimativas e a convicção de uma recuperação de 2S22 que os investidores estavam procurando.
“Como resultado, reduzimos nosso preço-alvo de R$ 30,00 para R$ 29,00/ação ao final de 2022″. Finalizaram os analistas da Ágora