Construir hábitos

Há algum tempo atrás no canal falamos sobre a diferença entre os hábitos nutridos por pessoas bem e mal sucedidas. Na época, pedimos que fizessem um teste e avaliassem suas próprias ações e métodos.

E agora, alguma coisa mudou em seu comportamento após as dicas? Ficou mais esperto com os caminhos que toma ou não? Voltamos com mais dicas para que você crie novos costumes ou até se lembre sobre quem você é e a que veio.

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1. Mentalidade de mártir e falta de desafios

Sempre dizemos por aqui que o pontapé inicial para uma mentalidade de sucesso é deixar as desculpas de lado e firmar um compromisso sério com si mesmo. Afinal, por vezes delegamos nossos problemas e questões financeiras aos outros, porque não queremos ser confrontados com os nossos próprios hábitos malfadados. É fácil cair na ideia de que se é um mártir, mas não se engane, você está no controle de tudo que transmite ao mundo.

Vale começar dizendo que pessoas que alcançam o sucesso, seja ele financeiro, emocional ou social, buscam o desafio como um propulsor diário. É necessário ser lembrado sobre tudo o que ainda há para conhecer. Quando você entra em contato com uma tarefa com a qual ainda não teve contato, novas soluções e caminhos começam a aparecer e, assim, você toma consciência sobre os diferentes métodos que estão disponíveis. É necessário sair do confortável para expandir.

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2. Descuido com a saúde mental e física

Como disse no outro vídeo, cuidar da saúde é uma ação fundamental para a manutenção física e psicológica do corpo. Quando permanecemos estressados o tempo inteiro, nosso sistema nervoso torna-se obcecado em fugir da questão fonte da preocupação.

É sabido que níveis de cortisol altos afetam a resposta imune do corpo e ampliam as chances de adoecimento. Não só a produtividade movida por stress constante afeta a qualidade do trabalho, como impede que você visualize o problema de forma clara.

Atividades contemplativas diluem a tensão e contribuem para o melhor funcionamento do sistema nervoso. É sempre indicado meditar, pintar, ou realizar qualquer outra atividade que te dê um tempo para relaxar e observar os problemas sob outras perspectivas. A neurocientista Tara Swart, professora do MIT e coach empresarial, indica que 80% das pessoas bem-sucedidas praticam Mindfulness.

O Mindfulness é uma prática milenar que consiste em manter-se atento aos arredores e permanecer focado no presente momento. Segundo a Forbes, Oprah Winfrey, Richard Branson e Jack Dorsey estão entre os empresários que cultivam o hábito da meditação. Além de tais personalidades, Warren Buffet também é conhecido por ter afeto pela prática.

Quando não separamos nossas preocupações do tempo de trabalho e ampliamos a jornada de mártir, é fácil se perder do caminho planejado e deixar o lado financeiro ruir.

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3. Falta de planejamento mensal

Outro comportamento passível de mudança é o hábito de gastar sem planejamento prévio. Lembramos no último vídeo que a falta de antecipação financeira e parcelamentos excessivos geram desequilíbrio. É compreensível que nem todos os gastos possam ser antecipados, tal como utensílios domésticos danificados ou situações de emergência repentinas, porém há uma série de gastos que podem e devem ser pré contabilizados.

Calcular os gastos esperados durante um projeto é regra entre empreendedores, mas também é um costume positivo que pode te ajudar a terminar o ano com uma reserva generosa. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é estimado que quase 65,6% das famílias brasileiras estejam endividadas.

Para evitar entrar na porcentagem, é útil reunir o orçamento mensal em uma planilha, estimar os custos domésticos e pessoais, assim como destinar determinada quantia a um fundo de emergências, para que você não seja pego desprevenido diante de uma situação desagradável e se endivide ainda mais.

Além de colaborar com a ordem do orçamento, é possível estabelecer metas financeiras mais claras. É impossível saber o quanto você quer ter em conta quando você não estipula o que está drenando seu dinheiro.

4. Ter o hábito de comprar por impulso

Segundo dados colhidos em 2018 pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), quase 6 em 10 pessoas realizam compras por impulso. O crédito disponível e possibilidade de parcelamento, por vezes, ultrapassam a noção racional de que o valor de um produto está acima de nosso poder de compra. Vemos algo que nos mobiliza emocionalmente e logo passamos o cartão. É necessário racionalizar as transações e compreender se de fato a compra será:

  • Útil no meu dia-a-dia. Será que você realmente vai usar esse vestido ou sapato regularmente, ou será que vai ser só mais um objeto para juntar pó na sua casa?
  • Compatível com o meu poder aquisitivo. Você pode comprar isso ou o dinheiro fará falta no fim do mês?
  • Uma compra impulsiva. Você pesquisou sobre o objeto ou serviço antes de adquirir ou entrou em uma loja qualquer e saiu carregando 10 coisas que nunca pensou em comprar antes?

5. Preferir a zona de conforto a aprender novos mecanismos

Após o advento da internet, inúmeras universidades consagradas lançaram modelos de cursos online. Entre as aderentes estão Harvard, Stanford, USP e inúmeras outras de padrão nacional e internacional. Os cursos podem ser acessados gratuitamente, motivo o bastante para gerar interesse entre os que buscam se atualizar de modo fácil e barato.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), 11% de internautas brasileiros já realizaram algum curso digitalmente. Se trata de um modo eficaz de internalizar conteúdos e dar um upgrade no currículo.

Cada vez mais, os que se recusam a aceitar as mudanças tecnológicas e sociais estão permanecendo às margens do mercado. É necessário sair da zona de conforto e buscar modos criativos de atualização técnica e pessoal.

6. Desistir de se educar financeiramente por acreditar que o assunto é difícil de entender

Segundo uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), oito em cada dez brasileiros admitem não saber como gerir o próprio dinheiro. Entre os entrevistados, mais de um terço desconhecia o valor das contas que venceriam no mês seguinte. Ainda de acordo com o estudo, 28% dos pesquisados não nutriam qualquer modo de organização de despesas e preferiam imaginar as contas “de cabeça”.

Isso demonstra que o brasileiro ainda precisa evoluir quando a conversa é educação financeira. Há uma crença geral de que o assunto é complicado demais para ser compreendido pela população geral. Acredite, se você ainda não possui controle sobre suas finanças, é hora de aprender. Hoje os modos de aprendizado são amplos e didáticos, com certeza você encontrará um que se adeque ao seu perfil.

7. Não ter disciplina

Ser disciplinado é crucial para cumprir as metas estipuladas. Quando deixamos as coisas se acumularem, perdemos o rumo do que realmente desejamos viver para resolver questões passadas. Eis a importância da disciplina, contribuir para a construção de hábitos positivos e quitar o que deve ser feito antes que se torne uma bola de neve.

O trabalho diário e constante permite que seus esforços gerem as receitas que você espera conseguir. No livro “The Billion Dollar Secret: 20 Principles of Billionaire Wealth and Success”, Rafael Badziag identifica quais características os bilionários tem em comum. Após entrevistar mais de 20 bilionários ao redor do mundo, Badziag concluiu que o grupo analisado possui uma estrutura de rotina bem definida. “Basicamente todas as pessoas que eu entrevistei possuem uma rotina matinal, a qual eles seguem religiosamente”, disse o autor quanto ao costume diário dos entrevistados.

Esse é um exemplo de como você pode aplicar a disciplina na sua vida, fazer como os bilionários e definir um horário certo para começar o dia.

8. Não definir metas

Segundo Thaís Gameiro, neurocientista da UFRJ, a dificuldade em cumprir metas se deve à nossa própria fisiologia. No geral, temos mais interesse em prazeres imediatos e mais perceptivelmente concretos. Por conta disso, é necessário estruturar as metas de longo prazo em blocos de pequenas metas que podem ser realizadas no dia-a-dia. Além disso, é recomendado que detalhes sejam estabelecidos, tal como dias, horários e modos de realização das pequenas metas.

Como investidor e empreendedor, é indispensável que se crie metas condizentes com a realidade pessoal. Como um primeiro passo, você pode imaginar qual é o seu propósito. A partir da resposta, é hora de definir os caminhos possíveis e ações concretas que te impulsionarão em direção ao que foi determinado. É um compromisso que deve ser mantido por você e relembrado diariamente.

9. Não buscar referências

Um passo importante para edificar planos e construir uma imagem visual de seu sucesso é buscar referências. É necessário pesquisar sobre as pessoas que te inspiram para que você conheça melhor os caminhos e costumes que elas cultivaram. O aprendizado com os que já construíram um legado é bem-vindo e frutífero para que você compreenda qual é o seu propósito.

O outro lado de ter referências é manter um networking ativo e funcional. O melhor modo de conhecer pessoas que te inspiram é estabelecer conversas com uma ampla gama de grupos. Como modo de ilustrar a importância de formar laços sociais, utilizaremos a teoria dos seis graus de separação, instituída pelo psicólogo Stanley Miligram. De acordo com tal teoria, é estimado que qualquer pessoa do mundo esteja conectada à outra em até seis graus de amizade. Ou seja, a sua distância até Bill Gates depende da ligação de até seis indivíduos.

Isso demonstra a magnitude que o networking pode tomar, cada vez você estará mais próximo de novas pessoas, conhecimentos e oportunidades.

10. Não ler

De tempos em tempos, Bill Gates, empresário e fundador da Microsoft, compartilha sua lista de leituras com seus seguidores. Entre as sugestões, não entram somente livros e artigos relacionados à tecnologia ou negócios, há também obras de ficção e romances.

Não é a toa que o hábito é recomendado por Gates, segundo a Brain Works, empresa londrina especializada em Neurociência, a leitura contribui para a formação de novas sinapses, além de fortalecer as já estabelecidas. Isso otimiza a memória e auxilia na estabilização do humor, características necessárias em um investidor ou empreendedor.

Caso você não saiba o que ler, aqui vão algumas indicações de empresários consagrados:

  • Cristina Junqueira (Cofundadora do Nubank) – Onde os Sonhos Acontecem: Meus 15 anos como CEO da The Walt Disney Company, de Robert Iger.
  • Diego Barreto (Diretor financeiro do IFood) – A Regra é Não Ter Regras: A Netflix e a Cultura da Reinvenção, de Reed Hastings e Erin Meyer.
  • André Barrence (Diretor do Google for startups) – Radical Candor, de Kim Scott.

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Redação 1Bilhão Educação Financeira

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